Elkandor

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Johan van Münster
Jamie Nixon
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    O infeliz adeus a Luís

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    Mensagem por Narrador Qua Jun 02, 2010 3:04 pm

    A maçaneta gira sem obstáculos, e um sonoro "click" rompe o silêncio. Ao ranger, de leve, a porta se abre, parecendo deslisar sobre algo viscoso.

    A porta dava para uma espécie de copa: havia uma pia modelada em madeira e pedra polida, armários presos à paredes, como estantes, porém fechados, em madeira escura e adornados com hastes de metal. O piso, como em todo resto do recinto, era de madeira, mas as paredes eram de alvenaria, como em todo exterior da biblioteca.

    Havia uma janela para o lado traseiro do prédio, mas era pequena e alta, um retângulo de 10 por 60 centímetros, ao que parece apenas como entrada de ar. Um corpo humano normal não seria capaz de atravessar o orifício.

    O lugar todo era apertado, cabendo três pessoas no máximo, expremidas, e era visível um pequeno braseiro para uso pessoal de Luís, que era curto e formado por uma chapa de metal e uma pequena gaveta metálica para acréscimo de carvão ou combustível. Não era de se estranhar a saida de ar: a pequena copa ficaria totalmente consumida por fumaça caso esta não tivesse por onde escapar.

    Além de tudo, havia uma bandeija metálica no chão. Com ela, seis xícaras partidas em pedaços, quebradas como em queda. Eram de porcelana, brancas, com pinturas delicadas em um azul celeste.

    E além disto tudo, mas não menos importante, não havia um mínimo de espaço (seja nas paredes, pisos, móveis ou teto) que não estivesse completamente coberto de sangue espêsso e quente, exalando um odor forte e um calor até confortável no inverno.

    O sangue gotejava do teto e empapava paredes, escorria pelas frestas do piso e estragava o chá que fora preparado.

    Grandes partes de carne dilacerada surgiam entre as paredes, em meio a tecidos e silhuetas do que foram órgãos, que decoravam o local com uma delicadeza mórbida. Haviam muitos chumaços de cabelo presos às paredes, sempre acompanhados de pequenos amontoados de carne desforme. Vez ou outra podiam-se ver dentes ou pedaços de pele, mas nenhum órgão estava inteiro, nem mesmo os olhos.

    Os óculos de Luís estavam caídos próximo ao braseiro, sem lentes, mas não estavam amassados em sua armação.

    Ao centro do teto, o rosto de Luís repousava, como se alguém lhe houvesse removido a pele da face e esticado-a no teto, fixando-a em seu sangue pastoso. Seus bigodes estavam intactos ao menos, e sangue corria em todos os orifícios visíveis.

    A cena era chocante em tamanho ponto, que todos que a viram ou cheguem a vê-la posteriormente sem prévio aviso, devem fazer um teste de sanidade.

    Para tanto, rolem 1d20. O resultado fica por minha conta.

    Aqueles que chegarem a vê-la mesmo com aviso, jogarão 1d20 com efeitos amenizados.

    Tabela:

    20: Não sofre com a cena, mas apenas sente um estranho embrulho no estômago.
    18 - 19: Sente um leve enjôo, além de desviar os olhos da cena de imediato, voltando a poder enxergar a sala apenas no turno seguinte.
    15 - 17: Forte susto. Fica paralizado com a cena e horrorizado com a brutalidade que aquilo representa. Sente seu estômago revirar e não consegue conter o vômito: tudo degustado anteriormente passa a sair desenfreado. Perda de 5% de sanidade.
    10 - 14: Trauma. Fica completamente horrorizado com a cena, chega a sentir a respiração escassa, não consegue se mover, vomita tudo que têm no estômago, além de sentir uma emoção muito forte à sua escolha (como choro, desespero ou medo). Perda de 10% de sanidade.
    4 - 9: Além de tudo descrito acima, não consegue conter sua bexiga, e acaba urinando. Uma mescla de musculatura tensionando e afrouxando o faz cair de joelhos, babando, vomitando e chorando, urinado e horrorizado, grita muito ao ver, mas não consegue se mover para correr. Também não consegue tirar os olhos daquele horror. Perda de 15% de sanidade.
    1 - 3: Além de tudo descrito acima, sofre uma penalidade em um dos atributos (força, destreza, constituição, sabedoria, carisma ou inteligência, à escolha do mestre) como resultado de um trauma profundo ao ver a cena. Perdade 20% de sanidade.

    Quem for avisado previamente, recebe +4 pontos (ou seja, já está livre do último ponto da tabela);

    Lembrando que somente quem tirou 18, 19 ou 20 tem habilidade para avisar alguém verbalmente. Os outros apenas não conseguem dizer uma só palavra além de gritos ou gemidos.

    Eduard recebe +4 de bônus pela classe.

    Boa sorte.
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    Mensagem por Jamie Nixon Qua Jun 02, 2010 10:35 pm

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    Mensagem por Johan van Münster Qua Jun 02, 2010 10:40 pm

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    Mensagem por Jamie Nixon Qua Jun 02, 2010 11:40 pm

    Spoiler:

    Ao abrir a porta um cheiro rançoso e forte invadiu as narinas de Jamie, por um segundo achou que o minúsculo cômodo que era revelado, tivesse as paredes pintadas em vermelho vivo, mas o segundo de confusão se tornou compreensão mais rápido do que a garota gostaria.

    O cheiro rançoso e viciado era sangue e sangue fresco e quente. O que quer que acontecera ali, não fazia tempo que acabara.

    Nunca tinha visto nada parecido, nem mesmo nas batalhas que enfrentou e ela se julgava uma pessoa forte e cria que já tinha visto de tudo no mundo. Enganara-se completamente, deixou seu machado cair de lado, era a primeira vez que se sentia vulnerável.

    Isso era horrível, macabro, não existiria palavras que ela pudesse usar para descrever o que viu. Não conseguia desviar os olhos da carnificina, Luís, ou o que restara dele, decorava paredes e teto.

    Mas o que mais chocou Jamie foi o adereço mórbido que tinha sido feito a face do bibliotecário, estampada como um aviso no teto. Suas orbitas vazias choravam sangue.

    Um furor invadiu a garota, ela não saberia explicar mais tarde o que realmente aconteceu, mas um misto de tudo que haviam passado desde que chegaram a Elkador, medo e horror diante do que via, encheu seu ser. Não conseguiu suportar o peso do próprio corpo e caiu sobre suas pernas diante do cômodo e do homem dilacerado, pois agora os dois eram parte um do outro.

    A garota começou a chorar compulsivamente e seu corpo tremia e os músculos sofriam pequenas câimbras, tentava tapar seus olhos com as mãos, mas não conseguia aquilo tudo era horrendo demais, porém, era também hipnótico. O que nesse mundo poderia ter feito aquilo? Nada nesse mundo poderia.

    O que estava acontecendo? Em que estavam metidos? Por que havia aceitado o maldito conselho de vir para essa cidade? Eram os únicos pensamentos que passaram pela cabeça de Jamie, mas logo estavam perdidos, agora ela só conseguia ver e registrar a face do homem brutalmente exposta.

    Espasmos tomaram seu corpo, ela chorava e gritava, não conseguia dizer palavras, nem explicar nada. Sentiu um bolo subir por sua garganta, um enjôo fulminante que em alguns instantes estava dobrada, vomitando o pouco que havia comido mais cedo, na casa de seu anfitrião.

    A dor era tão forte, sentia muito, mas muito nojo, não tinha mais controle sobre seu corpo e se já não bastasse estar coberta de sangue e vômito, agora tinha soltado sua bexiga. Não que isso importasse realmente, o que era tudo isso diante dos horrores que ainda aguardavam?

    Esse pensamento horrorizou Jamie, o que quer que seja, sobrenatural ou não, estava ali dentro com eles. Não conseguia respirar direito, como também não conseguia se levantar e fugir dali, desejou fortemente parar de respirar, fechar os olhos e nunca mais voltar a esse mundo. Queria apenas descansar de tudo aquilo.

    Ao seu redor passos, mais gritos, porém, Jamie já não distinguia mais nada, o horror tinha vencido.
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    Mensagem por Eduard Edmond Qui Jun 03, 2010 10:17 am

    Spoiler:

    Rolando (+4 de classe)
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    Mensagem por Eduard Edmond Qui Jun 03, 2010 10:23 am

    Eduard ouve gritos vindos de Jamie, e abre os olhos. Ainda reclinado, e sem voltar-se para a porta, já consegue sentir o odor que provinha do lugar maldito.

    No exato instante que o cheiro atingiu suas narinas, já sentiu de imediato o alimento voltar-lhe do estômago. Tentou contê-lo em vão. Era um cheiro morfético e insuportável. Vomitou sobre as escadas e quase não conseguia puxar o ar para os pulmões por conta do odor.

    Sentiu receio em olhar na direção da porta, mas vagarosamente o fez: A cena grotesca penetrou seus olhos e refletiu em sua retina, e aquela cena ficaria marcada por muitos anos.

    Um calafrio subiu sua espinha, e sentiu um medo tamanho como nunca antes havia sentido, mas ao mesmo tempo sentiu como se a morte os expreitasse de tal forma que era inútil tentar resistir a ela.

    Ficou ali, apenas olhando a sala, com o coração acelerado no peito, olhos lacrimejando pelo odor fétido e uma profunda sensação de insegurança.

    Não conseguiu pensar em mais nada e o mundo ao redor simplesmente pareceu não importar mais.
    Charllot D'alembert
    Charllot D'alembert
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    Mensagem por Charllot D'alembert Sex Jun 04, 2010 11:09 am

    Se eu tirar um número alto, aviso a Sarah!!! E descrevo direito na narração...

    ^^
    Rolador
    Rolador
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    Mensagem por Rolador Sex Jun 04, 2010 11:09 am

    O membro 'Charllot D'alembert' realizou a seguinte ação: Rolar dados

    'd20' : 11
    Sarah de la Rogue
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    Mensagem por Sarah de la Rogue Sex Jun 04, 2010 1:18 pm

    Sarah de la Rogue efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :
    17

    Sarah sobe as escadas para averiguar as causas de gritos.
    Sarah de la Rogue
    Sarah de la Rogue
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    Mensagem por Sarah de la Rogue Sex Jun 04, 2010 1:24 pm

    Chegou até o topo, finalmente, mas então deparou-se com a cena!

    Ficou horrorizada com tamanha brutalidade, e então suas pernas fraquejaram e sentiu seu equilíbrio esvairar-se de seu corpo, mas não caiu.

    Apoiou-se no corrimão, e ali curvou-se parar devolver o que havia ingerido anteriormente.

    "Mas que raios está acontecendo aqui?"

    Nada podia fazer não ser memorizar aquela imagem perpetuamente.
    Johan van Münster
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    Mensagem por Johan van Münster Dom Jun 06, 2010 6:18 pm

    Spoiler:

    Um monte de carne espalhada pela pequena sala. Era a única coisa que podia se dizer da cena. A única coisa que não era pedaço do homem ali, era um jogo de chá. Mesmo tendo sido ameaçado, o homem ainda ia servir chá aos seus não mui amigos.

    Assim como Jamie, Johan aiu de joelhos. Estava terrivelmente amedrontado. Não queria mais saber que diabos estava acotnecendo ali. Não queria mais saber daquela cidade. Ele só não queria virar um monte de carne como Luís. E ele ainda ia servir chá aqueles que o fizeram mal. Johan caiu no choro. Já não conseguia separar o que estava acotnecendo. Suas calças estavam molhadas, e de tanto chorar, e pela cena, vomitou tudo o que havia comido. Estava sujo pela própria urina e vômito. Estava desesperado, mas não conseguia mover um músculo sequer.
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    Mensagem por Narrador Seg Jun 07, 2010 9:04 am

    ---=== TABELA DE DANOS MENTAIS ===---

    Jamie: 15% de Sanidade perdidos;
    Johan: 20% de Sanidade perdidos; -1 Ponto em SABEDORIA;
    Eduard: 10% de Sanidade perdidos;
    Charllot: 10% de Sanidade perdidos;
    Sarah: 5% de Sanidade perdidos.

    Quanto aos sintomas destes danos, irei enviando por PM sempre que necessário apresentá-los em interpretação.

    Lembrando que 50% de sanidade já é compreendido como insano, não compreende a realidade perfeitamente.

    Lembrando também que perdas bruscas de sanidade de uma vez apresentam traumas terríveis (como a perda de Sabedoria de Johan).

    Johan, entende-se que devido ao trauma tão violento, sua mente decidiu bloquear parte de sua memória, para que aquele tormento fosse esquecido, mas tamanho foi o desespero momentâneo que ela falhou neste teste, mas bloqueou outras pequenas áreas do conhecimento, tornando-o menos sábio.

    Sabedoria perdida pela insanidade. Elkandor está começando a se tornar um lugar difícil para se viver.

    Lembrando que este é um jogo adulto jogado por adultos.

    ---=== FIM DA TABELA ===---

    A brutalidade apresentada na cena é mais que apenas visível, e tinha um quê de sobrenatural. A visão adentra as mentes dos jogadores e parece criar raizes, enredando suas mentes com a lembrança tenebrosa e poluindo seu sono com pesadelos de visões cruéis.

    Elkandor começa a mostrar sua face malévola.

    A visão dura MENOS que trinta segundos, mas são segundos intermináveis, insistentes, latejantes, pulsações temporais tão lentas que duvidosamente se crê que o mundo lá fora caminha sem sentir o mesmo efeito.

    Tão atrativo aos olhos é o pecado, que ofusca a realidade ao redor. O efeito hipnótico da sala só encerra quando um som alto ecoa por todas as ruas da cidadela:


    https://www.youtube.com/watch?v=XpC1-l97ui0&feature=related

    De imediato as mentes (ou devo dizer estômagos?) no local despertam do transe momentâneo, podendo olhar ao redor, sem deixar o pavor de lado.

    Podem interpretar este retorno e como o som interferiu nas batidas de seus corações.

    E então a calmaria.

    Um silêncio perturbador toma conta do recinto, e os personagens percebem que as batidas e sons de arranhões na porta de entrada (e nas janelas) cessam por completo.

    Não há mais sons de madeira e lanças, nem mesmo ordens de rendição. Aos ouvidos dos personagens, se é que se pode confiar neles, eles estavam neste momento em meio ao deserto total: uma cidade fantasma, a Cidade Branca de Elkandor.

    São exatos 2 minutos de calmaria, onde os personagens podem interpretar a respiração e a falsa sensação de alívio, alguém pode até tentar fechar a porta, mas somente Sarah poderá adentrar a sala sem penalidades (foi a única a se livrar do violento choque).

    Charllot e Eduard podem tentar entrar também, mas correm o risco de perderem ainda mais sanidade.

    Ademais, podem apenas virar os rostos ou bloquearem a visão. Sua mente e seus corpos se recusarão a ver novamente o local, criando um bloqueio, quem dirá tentar entrar (podem tentar, mas muita luta do atributo Vontade para conseguir. Falha resulta em desespero e sanidade perdida).

    Após este curto período de silêncio brando, um som irrompe os tímpanos, e aos poucos toma conta da sala e da lembrança dos jogadores:


    https://www.youtube.com/watch?v=ggg4ilZAbn8&feature=player_embedded

    E voltando os olhos para o centro do salão, no andar inferior, todos podem ver a silhueta de uma garota.

    Parecia nostalgia, todos voltam à cena do vagão, ponto inicial de todo este pesadelo.

    Cabisbaixa, novamente não se podia ver seu rosto, mas estática, permanecia ao centro, com os cabelos negros escorrendo pela frente e costas, na altura do busto. Desta vez se distinguia as vestes. Era um vestido de seda, lindo como o brilho de uma estrela, mas maltratado como um cão de rua. Estava rasgado na barra, e mostrava os pés descalsos e parte das canelas. Estava sujo em várias partes, terra e lama, pareciam rasgado em vários pontos por algum objeto pequeno e pontiagudo, como agúlhas. Eram cortes pequenos, além de algumas desfiações nas extremidades.

    Carregava na mão esquerda, uma boneca caída, em desprezo. Era de pano, cor de pele, vestido xadrês florido, cabelos em cachos vermelhos, presos nas extremidades. Dois botões formavam os olhos e apresentava o mesmo aspecto antigo do vestido.

    Ela não se movia enquanto os personagens a observavam.

    Um arrepio frio contou cada costela. Postem suas ações.

    Boneca:

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    Charllot D'alembert
    Charllot D'alembert
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    Mensagem por Charllot D'alembert Qui Jun 10, 2010 2:29 pm

    Charllot após subir as escadas para o segundo andar, logo se depara com uma cena catastrófica e triste...

    ERa tenebroso ver o M. Luis grudado ao teto, de olhos ainda abertos e o cheiro de morte assombrava aquele quartinho...

    A mente embaralhada, a vóz travada, os olhos escorrendo lágrimas que nem eram percebidas por Charllot, tudo ficava sem sentido, estava tudo tão frio, e avermelhado ali, seria ali o inferno na terra?

    Charllot estava trêmula, branca, gelada, mau conseguia se conter em pé, apoiando-se com a escada, senta e fica ali aérea... Depois de ter sido atacada, estava recuperada do ferimento e mal fora atingida por outro, agora era mental...

    Logo tentando retomar a consciência, um som de badalo de sino logo a faz olhar ao primeiro piso, e lá depois das badaladas tocadas do toque de recolher, aparece ao centro, no escuro, acompanhada com um som agonizador de melodia de caixinha de musica... Charllot logo vê o medo no seu mais horrendo lado negro...

    - Quem é você criança? - deixando a frente ainda trêmula o seu punhal de prata!!!!
    Jamie Nixon
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    Mensagem por Jamie Nixon Seg Jun 14, 2010 7:40 am

    Um som ecoou naquele cenário de horror, sinos badalavam insistentemente e isso pareceu quebrar o encanto macabro que prendia os olhos da garota àquela cena grotesca.

    Ela se arrastou para fora do campo de visão que era o banho de sangue e foi para perto da escada. Ainda chorava compulsivamente, o que era incomum para uma pessoa que até um dia atrás não tinha nenhum tipo de emoção que não fosse ligado à batalha.

    Todos estavam abalados, Johan perdera toda noção, quase como ela, mas parecia estar em pior estado. “Danem-se todos” – Pensou. Aquilo tudo era culpa deles.
    Desde o começo ela tinha achado que ir a biblioteca era um erro e agora, esse erro poderia custar sua vida.

    Outro som invadiu a cabeça de Jamie e por um momento ela achou estar vendo coisas. Sentiu um calafrio percorrendo sua espinha, era a mesma canção que ela tinha ouvido no Trem. E mesmo com os olhos embaçados pelas lágrimas, conseguiu visualizar uma menina no andar inferior.

    Já estava um pouco escuro lá em baixo, mas era possível ver a maior parte dos detalhes. Estava esfarrapada, mas um dia poderia ter sido uma criança da alta sociedade.

    A visão dessa aparição foi perturbadora, alguns suspiros assustados mostravam que ela não tinha enlouquecido e que havia sim uma figura sinistra de menina em meio aos corpos e sangue da biblioteca.

    Jamie não soube ou que dizer, pensar ou até mesmo se deveria fazer algo. Sentiu-se presa num mundo irreal, macabro e cruel. Talvez tivesse morrido após uma luta e essa viagem toda fosse seu caminho até o purgatório que os religiosos tanto falavam.

    Ela não acreditaria nisso, nem mesmo nesse momento. O que quer fosse aquilo ali em baixo, deveria ter uma explicação.

    A francesa adiantou-se em meio a eles e foi em direção a menina, para tentar saber quem era. Jamie apenas secou os olhos e tentou colocar a cabeça no lugar. A noite ainda estava apenas começando.
    Eduard Edmond
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    Mensagem por Eduard Edmond Ter Jun 15, 2010 7:45 am

    Tudo se calou. O estranho mundo de Eduard tornara-se um capítulo maior.

    Virou os olhos do teto ao chão, de uma parede à outra, e, olhar após olhar, tentou desfrutar o máximo possível daquela insanidade momentânea.

    O som suave da caixa de músicas afundou em seu tímpano, e ali empregnou como uma daquelas músicas cujo refrão nunca sai de nossa mente.

    Começou a cantarolar, acompanhando a melodia com sussurros bizarros.

    "Vejamos... Se eu me virar agora, vou vê-la."

    Associando a aparição da garota à música, Eduard voltou-se para concretizar sua intuição.

    Então, antes que pudesse falar algo, ou mesmo se mover, Charllot tentou comunicar-se com o desconhecido, e Jamie passou a caminhar em direção a ela.

    Eduard estava curioso quanto às duas atitudes, apesar de a música e a menina serem relacionados seja uma conclusão bem óbvia a esta altura, ele não podia prever o que ela faria caso houvesse uma aproximação maior.

    Mesmo querendo descobrir, sentiu um estranho calafrio que nunca antes havia sentido> estava preocupado com a integridade de Jamie, e isto era novo para ele.

    De um salto segurou de leve o braço da garota, e a fitou com um olhar sério.

    Ela entenderia que ele receava que ela se aproximasse, mas se ela tentasse desvincilhar seu braço, ele não impediria.

    Foi apenas um aviso, uma "dica". Ele não pretendia obrigá-la a ficar, nem mesmo insistir no aviso. Apenas uma vez seria.

    Olhou para o lado e viu Johan, molhando as calças.

    Teve que se esforçar para conter o riso, como se o foco da cena mudasse de temática, de terror e medo para comédia e despreocupação de imediato.

    Voltou novamente os olhos para a garotinha estranha. Agora Eduard estava sorrindo contente.
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    Mensagem por Johan van Münster Ter Jun 15, 2010 7:53 am

    DE novo aquela música. Virou-se e viu a menina sombria. Era como se toda morte estranha viesse acompanhada desses detalhes. Primeiro o bolo de carne no trem. Agora o bibliotecário despedaçado. A reação natural seria fugir ou pegar seu arco para se proteger, mas não conseguia se mover ainda. Aterrorizado, olhava para a menina no andar de baixo.
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    Mensagem por Narrador Ter Jun 22, 2010 7:48 am

    Ao centro, a perturbadora visão da criança despenteada fazia-se estática, enquanto notas adocicadas penetravam os tímpanos dos personagens, de forma melancólica e melodiosa.

    Lá fora, nenhum sinal de brisa, vento ou qualquer som, por menor que fosse. O teto e as escadas passaram a ranger levemente, e pequenos montes de poeira desceram do forro.

    O gotejar do sangue de Luís e o leve ranger da madeira cortavam o silêncio enlouquecedor que zunia aos ouvidos, em uma atmosfera pesada pós-insanidade.

    Outro gotejar parecia intervir o gotejar das vísceras do bibliotecário, mas não conseguiram distinguir de onde vinha.

    Vez ou outra, quem avaliasse bem a imagem ao centro, podia-se notar leves alterações na posição do rosto da criança, que parecia correr os olhos pelo chão, como se procurasse algo. Apenas olhou de um lado a outro, mas não moveu um músculo que não fosse da face.

    A boneca de pano em sua mão parecia sob o efeito de alguma inércia, que a fazia mover-se levemente de um lado a outro, quase imperceptível, como as formas de um mógno movem-se sob uma brisa calma.

    Os pés descalsos eslameados pareciam voltar-se para o centro, como que encolhidos. Frio?

    Finalmente o som da melodia mesclada da caixinha de música com o ambiente bizarro à volta é irrompido pelas duras pisadas de Jamie, que atenta-se a ir em direção à criança.

    Um passo... dois. Bruscamente o olhar da criança ao centro volta-se para o próximo degral a ser atingido na escada, como se esperasse que Jamie desse o próximo passo, e a mercenária pôde então sentir um calafrio subir-lhe pela sola do pé antes do terceiro passo. Porém seu andar é interrompido por Eduard, em um ato inédito de preocupação.

    A mente de Jamie parecia mais confusa agora, depois da visão de Luís, e não pôde raciocinar com velocidade. Fitou Eduard nos olhos antes de pensar em prosseguir ou permanecer, e esta decisão lhe tomou mais que alguns segundos.

    Johan rastejou pelo piso até apoiar-se no parapeito de proteção do dique do segundo andar. Firmou os pulsos na madeira para observar a imagem. Seu coração gelou-se e aguçou-se como se a ponta de uma fina adaga de prata lhe fizesse uma indesejável visita.

    Sarah não conseguiu manifestar-se, não pôde nem ao menos alcansar sua bíblia antes que Charllot vencesse o medo e perguntasse pelo nome da criança.

    Finalmente um movimento: A cabeça da imagem, antes procurando o chão, ergue-se violentamente para encarar Charllot. O movimento do pescoço foi tão brusco que mal puderam acompanhar sua cabeça erguendo-se, em uma velocidade espantosa.

    Os olhos estavam arregalados, tão abertos que pareciam tentar rasgar as pálpebras. Sua pele era de um tom branco acinzentado, talvez refletindo mais tons de ciano e verde, mas nunca esboçava tons amarelados ou quentes. Era uma pele pálida e aparentemente fira, gélida. Agora que erguera o rosto, pequenos arranhões lhe surgiram no rosto, como se causados por algum objeto pontiagudo muito fino. Estavam estancados.

    Seus olhos eram negros e profundos, e Charllot sentiu um calafrio tamanho que não pronunciou nenhuma outra palavra naquele instante!

    Abriu então sua boca, e dela uma altíssimo grito tomou conta do local. Era um grunhido agúdo e rouco, como um filhote de porco do mato, quando pêgo em desespero, mas de altura tamanha que todos os presentes involuntáriamente levaram as mãos aos ouvidos, na tentativa desesperada de amenizar o impacto!

    Um grito de tamanha agonia e desespero que perfurou o tímpano de todos aqueles que não passarem em um teste de resistência de fortitude (tolerância+constituição ou somente constituição):

    15 ou +: Sofre dores de ouvido e cabeça passageiras, mas nada que o impeça de agir imediatamente.
    10 a 14: Danos leves nos tímpanos e uma dor considerável de cabeça. Sofre 1d6 de dano de atordoamento lançado pelo Narrador no próximo post.
    9 ou -: Danos severos nos tímpanos: 1d6 de dano lançado pelo Narrador no próximo post, penalidade de -2 em todas as jogadas de ataque e ação que exija movimento (ocasionado por dano no equilíbrio).
    SE TIRAR 1 NO DADO: Além do descrito acima, desmaio temporário.

    Após o grito a estranha criança passa a subir na estante que barra a porta, com uma agilidade felina! Ela salta e se agarra à madeira, escalando-a em uma velocidade assustadora (imaginem como o Noturno dos X-men escalando), como um animal encurralado.

    Próximo post de vocês deve conter o teste de resistência + a ação que irão executar. Apenas Johan deve me perguntar se sua limitação no último teste de sanidade vai afetar suas ações, os demais podem agir livremente.

    Vamos retomar o rítmo em Elkandor!
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    Mensagem por Johan van Münster Ter Jun 22, 2010 9:04 am

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    Mensagem por Charllot D'alembert Ter Jun 22, 2010 9:41 am

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    Mensagem por Jamie Nixon Ter Jun 22, 2010 10:27 am

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    Mensagem por Eduard Edmond Ter Jun 22, 2010 11:00 am

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    Mensagem por Sarah de la Rogue Qua Jun 23, 2010 6:18 am

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    Mensagem por Narrador Qua Jun 23, 2010 6:24 am

    dano em Charllot e Jamie:

    Narrador efetuou 1 lançamento(s) de dados d6 :
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    Postem suas ações.
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    Mensagem por Sarah de la Rogue Qua Jun 23, 2010 7:34 am

    Sarah Começa a descer as escadas obstinadamente, olhando com firmeza para a menina que escalava a estante.

    Ela deixa surgir pela manga direita de suas vestes a ponta do rosário que carrega enrolado em todo o braço direito.

    Segura-o, deixando a imagem de Cristo pendurada, apontando-o na direção da garota.

    -Exorcizo te, omnis spiritus immunde, in nomine Dei

    Patris omnipotentis, et in noimine Jesu Christi Filii ejus, Domini et Judicis nostri, et in virtute Spiritus

    Sancti, ut descedas ab hoc plasmate Dei, Satana,

    quod Dominus noster ad templum sanctum suum vocare dignatus est, ut fiat templum
    Dei vivi, et Spiritus Sanctus habitet in eo.

    Per eumdem Christum Dominum nostrum, qui venturus est judicare vivos et mortuos, et saeculum per ignem!!


    Uma estranha baforada de vento emana ao redor de Sarah.

    -Expulso-te, vil! Expulsão canalizada! Em nome de Cristo, Cristo teu senhor, obedece vil!

    (não sei se será necessário o d20, mas em todo caso)
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    Mensagem por Eduard Edmond Qua Jun 23, 2010 3:10 pm

    Eduard leva as mãos à cabeça novamente. Era outra crise.

    Forte, quase insuportável era a dor.

    Rastejou de volta para perto da porta onde descansa o que sobrou de Luís.

    Neste turno não poderia agir, estava completamente aturdido pela dor.

    Apenas observou Sarah descendo as escadas e cuidou para observar o que faria Jamie.


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