Elkandor

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Charllot D'alembert
Sarah de la Rogue
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    Mensagem por Narrador Seg Mar 29, 2010 9:06 am

    29 de Novembro de 1489
    Proud Mary Train – Britain Railways

    Estação Carlos VII Tremcpia

    Interior:
    Estação Carlos VII SemTtulo-1-2
    (ignorar lâmpadas, ventiladores e demais partes elétricas)

    Três... Quatro... Cinco. Já seria a sexta vez que o cavalheiro da poltrona 33 olharia seu Patek Philippe, talvez a linha mais cara de relógios ornamentais banhados à prata e ouro.

    Retirava-o e o retornava ao bolso de linho nobre marrom, parte integrante do conjunto de vestes notórios. Parece que viagens de trem podem ser longas demais. O ponto de vista conta muito. Os afazeres também.

    Entre os leves cochilos, um abrir de olhos. O silêncio apenas é cortado pelo brusco som das rodas de ferro atritando à linha férrea, fazendo saltar os calços de madeira.

    Lá fora, uma pequena nuvem vaga solitária, perdida, quase imperceptível, uma sombra esquecida perto da lua crescente, quase covardia. Haviam mais estrelas que o esperado para Novembro, mas a temperatura condizia com a época.

    Na penumbra, solitário, jazia um pequeno som. Algo que passou a tomar parte dos sonhos de quem dormia no vagão. Por insistência e estranheza, abriu os olhos então. Todos ali acordados puderam ouvir a triste melodia, como uma caixinha de música abandonada em algum ponto do aposento.

    Melodiosa, soava como choro, enquanto despertava a atenção de pouco mais da metade dos viajantes. O senhor da poltrona 33 dormia. A Senhora com a criança também. A criança não. Era uma menina de cabelos dourados, vestida como quem vai para a neve. Os cabelos lisos caiam aos ombros, mas difícil era ver qualquer cor dos olhos no meio da noite.

    Som:


    Ao centro do vagão, onde mais a escuridão reinava, uma silhueta infantil: Quem forçou a vista pôde ver a forma de uma menina, como se perdida, segurando uma boneca de pano. Suas vestes quase não podem ser vistas, portanto não descritas aqui.

    O que se sabe é que estava cabisbaixa e imóvel. Os cabelos negros seguiam compridos pela frente e pelas costas. Não cobriam o rosto, mas o rosto baixo era coberto pelas sombras da noite.

    O trem parece seguir sem se importar com a figura, mas Em um solavanco brusco (que acorda o restante dos passageiros do vagão 6), os olhares se desviam. A noite continua sem sinal da garota.

    ===
    A brisa matinal emitia doce som ao deslizar por entre a pequena abertura da janela, até tocar suavemente o rosto dos personagens. Foi uma noite cansativa, mas agora pode-se ver a pequena cidadela de Elkandor, reerguendo-se por entre os morros, na glória dos dias antigos, de quando o mundo era jovem.

    A estação é logo aos limites da cidade, e parece bem movimentada, mesmo que vocês tenham tido a certeza de que não mais que 20 viajantes se espalharam nos 6 vagões, sendo que o mais movimentado era o vosso.

    A recepção não parece ser muito calorosa, aparentemente a guarda da cidade está presente e bem armada. Formaram uma fileira de cinco homens uniformizados, armados com lanças e protegidos por elmos. O resto de seu corpo é protegido por gibão de couro batido, acolchoado, levando a insígnia real em sua frente. Atrás, outros três voltam-se à multidão, assegurando que esta não adentre o espaço de desembarque. Não há gritaria, mas á atenção.

    ===
    Um homem sobe ao vagão quando este está completamente parado na estação.

    -Saudações Elkandorianas, senhores.

    Se sedes externo à nossas terras, deveis tomar rumo à Sede da Guarda, onde apresentareis vossos respectivos nomes e intenções, recebendo um documento em papel dito a data que podereis permanecer nestas fronteiras até que consigas de alguma forma contribuir com nossa comunidade.

    Se este prazo se extinguir e nenhum emprego conseguirdes, então um convite será feito, de seguir teu rumo adiante, e deixar Elkandor prosperar com quem mais se interesse.

    Estas regras foram decretadas por Sylvain Pordevon, Representante Real e Regente destas terras. Ele lhe dá as boas-vindas calorosas.


    ===
    Vocês podem postar algo de como foi a noite e como foi a reação de seus personagens aos acontecimentos noturnos. Ninguém pode sair da estação ainda, podendo no máximo descer do vagão. Podem interagir entre si e interagir com os NPCs (personagens não-jogadores).

    Esquema do uniforme dos Soldados da Guarda de Elkandor:
    Estação Carlos VII Visigoth_warrior


    Última edição por Narrador em Seg Ago 02, 2010 8:44 am, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Sarah de la Rogue Seg Mar 29, 2010 12:35 pm

    Sarah senta-se na poltrona mais distante à entrada, permanecendo no escuro durante toda a viagem.

    Olha ao redor e à frente, vendo poucas pessoas no veículo. "Um tanto melhor", pensou.

    Retira uma pequena maleta de mão, onde carrega um livro largo de capa dura. A Bíblia Sagrada. Inicia então suas orações ao fundo da sala, enquanto enfaixa os pulsos feridos.

    Enrola nas mãos o terço e passa a dedicar-se à Cristo.

    A madrugada se fazia fria quando a Bíblia finalmente se fechou. Foi então que, como quem desperta de um sono profundo, Sarah percebeu de súbito uma imagem à sua frente.

    Parada, ao centro do vagão, a pequena sombra de uma criança.

    Sarah pensou então em perguntar-lhe se estava perdida, mas um solavanco lhe desprendeu a atenção, e, quando retorna os olhos ao centro, nada mais ali estava.

    "Talvez minhas preces tenham cedido antes da hora..."

    E apertou fortemente o terço, tentando se proteger do medo com sua fé.

    O frio pareceu aumentar. E de mais nada se lembrou daquela noite.

    Durante o dia, chegam finalmente à estação, onde um pelotão os aguarda. Ali ela não esperava encontrar armas.

    Segurou sua espada pela bainha, ficou com medo de armas ali serem proibidas. Esperou que o guarda terminasse de falar e então se levantou.

    Seguiu em direção à porta. Sua intenção era de ir logo à guarda, para poder dirigir-se à Igreja.
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    Mensagem por Charllot D'alembert Ter Mar 30, 2010 8:09 am

    “Pensamento”
    - Fala -
    _________________

    “Bela noite”

    É o que passa na mente da bela Charllot… Olhando para fora através da janela do vagão...

    No momento em que olha a noite pela janela do vagão... Tudo fechado e ainda era um tanto frio naquele vagão... O barulho das rodas de ferro logo é interrompido por uma musica suave... O tom levava qualquer um que a escutasse as memórias corriqueiras de sua infância...

    “Imfame!!!” (palavriado descrito na forma francesa, ou quase isso, por isso, o “M” no local de “N”)

    A musica continuava e num passar de olho mais apurado a frente, lá estava uma pequena... Pequena e bela enfant (criança), era escuro... Charllot parecia estar vendo coisas... Não bebera nada antes de sair, mas aquilo a deixou arrepiada... O fundo com aquela musica e repentinamente o vagão se movimenta um tanto mais grotescamente, logo nada mais havia naquele turvo vagão que lhe chamasse a atenção... A pequena sumiu em meio ao turvo noturno do trem... Ilusão? Não sabe bem o que pensar a bela moça... Levanta para ir ao toalete, Charllote estava um tanto inquieta, e resolve apesar do susto com a musica ir ao banheiro em plena 03:00 horas da madrugada.

    Não se sabe o que vinha pela frente... Mas a bela Charllot se mantém quieta e centrada...

    Voltando ao seu devido lugar... Horas depois é possível ver o amanhecer dando luz ao interior do trem... Logo adentra ao vagão um guarda... Charllot já fica um tanto atenta e cabisbaixa... O civil fardado adentra o vagão e deixa as ordens de um homem o qual deixa claro que é o principal governante da cidadela...

    “Quanta hostilidade!!!” – Dá um sorrisinho um tanto escondido de canto...

    E anota discretamente o nome que lhe chamou atenção...

    - M. Sylvain Pordevon.... – Sussurra Charllot

    Depois de anotar o nome, guarda tudo que tinha em mãos e espera que um por um, os tripulantes do trem saiam para depois se retirar do lugar.
    Johan van Münster
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    Mensagem por Johan van Münster Ter Mar 30, 2010 8:51 am

    Aquele som. Irritante som das rodas de ferro deslizando sobre os trilhos. Pequenos pedregulhos sendo triturados e lançados para longe. Dormentes de madeira sendo empurrados e realocados cada vez mais firmementes na terra úmida. Como alguém conseguia dormir numa viagem de trem?

    Johan estava aceso. Apesar de todo cansaço física e mental, não conseguia pregar os olhos. Estava sozinho e não podia descansar, não agora.

    Brilhos confundiam seus olhos acostumados com o escuro. Estava claro demais lá fora. Muitas estrelas, como jamais havia visto nos mares. Dentro no trem, outro brilho. Um reflexo dos brilhos, por melhor se dizer. Um homem olhava um relógio de ouro a cada minuto. Aquilo era irritante. Johan se segurava para não descontar naquele homem o seu dia. Devia ser seu primeiro relógio de ouro, tinha que ser compreendido. Ou estava se gabando de ter um, enquanto as outras pessoas no trem pareciam completamente normais. Isso não era compreensível. Johan já pensava em jogar algumas moedas na cara do homem só para levar o maldito relógio.

    Um som o tirou de seus planos. Algo sutil e delicado, como a calmaria de um mar, mas um pouco triste e atraente, como o canto de uma sereia. Quem diabos havia dado corda numa caixa de música no meio da madrugada? Foi então que viu uma figura estranha no centro do vagão. Uma silhueta de uma criança. Apertou os olhos, já acostumados com o escuro. Uma menina, mas que o rosto não era visto.

    Mais um dormente mal colocado e o trem dá um solavanco. Johan olha para os lados e quando volta os olhos ao vagão, a menina havia desaparecido. Era um sonho.

    O cansaço fora mais forte. Johan abre os olhos e vê a luz da manhã invadindo o vagão. Conta seus pertences.

    Agora com a luz do dia, podia ver quem o acompanhava no vagão. Uma família com uma menina pequena. Mas não era a mesma do centro do vagão. Um rapaz um pouco mais velho que o próprio Johan, uma bela jovem, uma freira, uma jovem com feições agressivas, dentre outras pessoas. Podia-se notar também a chegava em um vilarejo. Quando o trem parou, um soldado subiu.

    "Merda", pensou Johan imediatamente, rezando para que não fossem soldados ingleses. Para sua sorte, parecia ser só guardas da cidade, mas a sorte acabaria em breve. Prestar contas com nomes e intenções logo na chegada? Mas que cidade é essa? Que droga de trem havia ele pegado? O tempo era curto e ele precisava logo inventar uma boa história para ficar naquela pequena cidade.
    Eduard Edmond
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    Mensagem por Eduard Edmond Qua Mar 31, 2010 7:22 am

    A madrugada chegou fria no novembro de Elkandor.

    O rapaz magro se encolhia em seus joelhos, tentando dormir.

    O barulho do relógio se abrindo e fechando o irritava, mas não mais que o som dos trilhos do trem. Dormiu.

    Aos que olharam, puderam vê-lo desconfortável, constantemente se movendo, como quem dorme um pesadelo.

    Despertou à noite, em um salto, e seus olhos fitaram-na diretamente: A garota ao centro do vagão parecia fitar o chão, mas mesmo assim ele sentia que seus olhos estavam lhe penetrando.

    Sentiu frio, mas o medo não foi tão grande, uma vez que alucinações eram comuns à noite para Eduard.

    Virou-se, mas agora aquela imagem não mais o deixava! Novamente tentou dormir, mas aquilo fora talvez muito perturbador. Nunca uma de suas visões era tão semelhante à realidade, e nesta hora adormeceu.

    Quando abriu os olhos, o Guarda já estava entrando no vagão, e então sentiu mais uma vez a dor na cabeça, e se curvou, levando as mãos à cabeça.

    Ouviu tudo que o guarda disse, mas ficou em silêncio. Naquele momento ele só queria que a dor terminasse.
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    Mensagem por Narrador Qua Mar 31, 2010 7:38 am

    Talvez pelo fato do porte armado daquele que se posicionava em pé frente à porta, talvez a imparcialidade de suas palavras, ou qualquer outro motivo que seja, mas de fato não houveram movimentos provindos dos passageiros naquele instante.

    Olharam-se, em silêncio, consternados ou desentendidos, até que, finalmente, de onde anteriormente a penumbra castigara, uma jovem ergue-se em sua delicadeza, com os punhos juntos, como de costume das freiras. Estendeu primeiro o braço direito, alcançando uma bela espada adornada em prata, que descansava em uma bainha de couro batido, onde pequenos cristais reluziam em forma de cruz.

    Estendeu então o outro braço e alcançou uma pequena maleta, a qual ergueu sem muita dificuldade. Ergueu-se em sua serenidade e passou a caminhar, fitando o homem por trás do uniforme.

    Atravessou o corredor sem olhar para os lados. Mas como se todos ali a vissem como algo irreal ou reflexo do espectro de outrora, fitaram-na, como se a virtude de se levantar e sair fosse para poucos.

    Na poltrona 20, voltada para o fundo do vagão, a garota esbelta se calou, mas não expressou mais que seu desinteresse, e não moveu-se para segui-la. Assim como a robusta donzela da poltrona 17, cujos olhos pareceram-lhe rasgar a carne, tamanha a penetração de sua vontade.

    Mas foi ao passar pela poltrona 13 que de leve estremeceu: Uma estranha sensação gélida atravessou seus seios de tal maneira que a jovem irmã cessou sua caminhada, e manteve-se imóvel durante uma pequena fração de tempo, como quem perde o ar. Ao seu lado, talvez muito mais abatido que aparentava durante a noite, um rapagão magro e despenteado, cujas vestes eram simples, mas em seus olhos jazia um brilho fosco amarelado.

    Estava sentado curvado, levando as mãos ao rosto com agressividade. Por entre os dedos, podia-se perceber o olhar sombrio que fitava a jovem cristã.

    Continuou, finalmente.

    Mais três passos antes de passar pela poltrona 7, onde um jovem, porém austero, homem fazia-se esperar. Guardava consigo um arco de caça, aljava e alguns pertences perdidos dentro de uma velha mochila de viagem.

    Olhou-a de canto, mesmo que a cobertura do uniforme de devota lhe cobrisse os cabelos, seu perfume era doce e suave, mas de alguma forma triste, como uma pequena flor do pasto, esquecida em meio à grama alta.

    Viu-a então passar pela poltrona 1, onde a pequena menina loira esticou-se para vê-la passar.

    - Irmã. - cumprimentou o guarda, recebendo um sorriso singelo em resposta. Foi assim que o homem lanceiro voltou os olhos para o fundo do vagão, em direção à última poltrona, próximo ao banheiro - Mas o quê?

    Passou a se dirigir rapidamente até o fundo do vagão, percorrendo todo o caminho antes vencido pela jovem freira, em um deslocamento brusco de passos pesados.

    Curvou-se ao chão, levando os dedos até a madeira que compunha o piso.

    Quem o acompanhou com os olhos pôde então perceber do que se tratava: O líquido rubro viscoso escorria em uma trilha fina que se estendia próximo à poltrona 40, última antes do banheiro, a mesma que abrigara a jovem devota.

    Seguiu então o rastro e tentou abrir a porta do banheiro, como se algo a tivesse trancado por dentro. Forçou a fechadura então até que ela se partisse, e, como se algo estivesse empurrando a porta pelo outro lado, ela se abriu bruscamente, quase atingindo seu rosto, exigindo um bloqueio de braço.

    Cai então, frente à todos, um corpo jazido, embanhado em seu sangue, com os olhos arrancados e pescoço destroncado. Havia marcas de cortes no peito e sua roupa estava desabotoada na frente.

    Plantou-se no chão como um saco de estopa gelatinoso, arrancando expressões grotescas dos que viram a cena. De imediato, a autoridade exclamou em bom tom:

    -Meu Deus! Atenção! Ninguém! Ninguém deve deixar este vagão! Ou mesmo a estação! - Voltou sua cabeça para fora da janela, exclamando para a guarda externa- Você! Evite que esta freira saia da estação e envie um mensageiro à Guarda! Diga que quero condução para seis pessoas e uma criança! Estão todos detidos até segunda ordem!

    E assim foi. Outros dois guardas barraram a saída do vagão até que a carruagem chegue.

    ===

    Suas ações e interações, meus pupilos. Obedecer às ordens e seguir à Guarda para depoimentos e julgamento ou resistir ao Grupo fortemente armado.

    Posts simples e objetivos.
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    Mensagem por Sarah de la Rogue Qua Mar 31, 2010 9:22 am

    Sarah desce do vagão sem olhar para trás.

    Atordoada, e um tanto confusa diante dos ocorridos, passa a caminhar rumo à saída da estação, quando escuta forte alvoroço vindo do vagão.

    De um grito percebe a ordem lançada aos demais guardas ali fora, e pára então de súbito, pois não pretendia lutar.

    Olhou-os e baixou ao chão sua espada, deixando também a maleta com os pertences.

    -A justiça dos homens é falha e duvidosa. Compreendo que algo tenha ocorrido e então somos potenciais suspeitos. Mas eu pretendia mesmo ir à cede da guarda, então vou aguardar a carona. Que Deus ilumine seus passos em busca da verdade.

    E então ela estendeu os pulsos para que os guardas a pudessem prender, ou algo assim. Então os que são mais habilidosos puderam ver as pontas das ataduras nos pulsos.
    Johan van Münster
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    Mensagem por Johan van Münster Qua Mar 31, 2010 10:06 am

    "Vim a negócios", era a melhor resposta que aparecia na cabeça de Johan, mas provavelmente não suficiente para a guarda da cidade. Se ele não pensasse rápido, ia ser preso sem ao menos pisar em terra firme.

    No fundo do vagão pode ver um movimento, alguém levantara para desembarcar. Não queria ficar encarando as pessoas em plena manha, então olhou rapidamente para identificar quem estava em pé: era a irmã. Olhou novamente para frente, esperando que outros levantassem. Quanto mais tempo ficasse sentado, mais tempo teria para pensar.

    Pensamento este, porém, que foi embora quando a freira passou. Um perfume doce tomou conta das narinas de Johan. Pecado, mas encantador. Procurou notar qualquer detalhe daquela moça, mas estava toda coberta pelos panos de sua castidade. Mas nada impedia que ele imaginasse o que estava por baixo dos panos.

    Acordou com uma interrogação do guarda, que correu ao fundo do vagão. Virou o rosto para observar melhor e o viu abrir a força a porta do banheiro. Um corpo estranho saiu no chão, morto. O guarda então gritou para que ninguém saísse, e que detivessem a freira no lado de fora.

    Não havia mais necessidade de pensar numa desculpa. Já estava preso sem nem pisar na cidadela que os esperavam.
    Jamie Nixon
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    Idade : 39

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    Mensagem por Jamie Nixon Qua Mar 31, 2010 4:22 pm

    A noite estava clara e o céu limpo demais para uma noite de novembro, mas isso não parecia afetar Jamie, em sua poltrona enrolada em seu grosso casaco de lã e pele, o rosto colado na janela ela apenas observava a paisagem deserta e bonita. Tantas dúvidas e incertezas pululavam em sua cabeça desde que tomara a decisão de ir para Elkador.

    Não conhecia nada sobre o lugar, além de algumas poucas palavras e descrições de um andarilho que encontrou numa estalagem meses atrás, a promessa de um recomeço em um lugar que estava reerguendo depois de todo terror que a Europa enfrentara, era como uma semente que deveria ser plantada logo na esperança de algo bom germinar.

    Envolta em pensamentos e planos, ainda olhando a lua que parecia um pingente de cristal pendurado no infinito, Jamie ouviu um som suave, talvez uma caixinha de música, uma melodia suave e triste, quase um lamurio. A garota olhou para o lado e buscou a origem do som, mas não teve sucesso, imaginou que poderia ser da Senhora com uma criança mais a frente, talvez não fosse a única que não conseguia dormir.

    Voltou para sua contemplação externa, agora cantarolando distraída, acompanhava os acordes da melodia com os dedos, batendo ritmadamente sobre o apoio para os braços. Desejou ter providenciado mais agasalhos, pois a temperatura parecia estar caindo muito rápido. Sentiu um arrepio, se acreditasse em algum deus teria pedido proteção nessa hora, era um frio que entrava pela roupa, pela pele e ia fundo até os ossos. Não era um bom sinal.

    Mudou de posição na poltrona, e procurou seu saco de viagem com os pés, só precisava ter certeza que ele estava por perto para sentir-se segura. Ela era sua própria guardiã.

    Um solavanco brusco fez com que a garota quase fosse jogada fora da poltrona e também causou certo burburinho entre os outros passageiros, o trem recuperou velocidade sem maiores interrupções e inesperadamente, a temperatura voltou a subir um pouco, voltando a normalidade anterior, mas não para Jamie que ficará realmente intrigada com a sensação que tivera. “Não creio em bruxas, mas que elas existem, existem...” Uma frase que tinha aprendido com um companheiro de viagem há muito tempo e que exemplificava bem a situação.

    A manhã chegou tímida e logo a locomotiva estava diminuindo seu ritmo, tinham chegado a Elkador. Jamie procurou seu cantil e tomou um bom gole de água, estava faminta e esperava que a água pudesse ajudar a enganar o estômago até que encontrasse um lugar onde pudesse fazer uma refeição decente, estava acostumada a longos períodos de jejum, mas hoje seu cérebro não conseguia convencer que a fome não existia.

    Puxou seu saco de viagem e verificou se estava tudo em ordem, mais por costume do que outra coisa. Arrumou os longos cabelos em uma trança, e ajeitou o vestido. Estava um tanto desajeitada naquelas roupas de “Senhorita”, mas não queria chamar atenção, uma mulher viajando sozinha já era bastante mal vista e Jamie tinha de se controlar muito para não devolver certos comentários que ouvira com belos socos.

    Seus pensamentos de auto-ajuda foram interrompidos pela entrada de alguns homens fardados no vagão enquanto outros pararam do lado de fora, uma avaliação rápida mostrou que parecia um tipo de guarda real, e junto deles um se destacava e foi justamente esse que deu as “boas vindas” aos passageiros.

    Enquanto o homem de aparência oficial ditava as regras para permanência na cidade, Jamie viajava em pensamentos desde o que eles poderiam pensar dela se resolvessem examinar seu saco de viagem até o que poderia conseguir para o café da manhã.

    ... Essas regras foram decretadas por Sylvain Pordevon, Representante Real e Regente destas terras. Ele lhe dá as boas-vindas calorosas. – Enfim o homem terminou seu breve mais impactante discurso. A primeira impressão que a cidade lhe dava, é que andar de acordo com a marcha especificada é essencial, pois se ficares para trás, bem, ela não pretendia descobrir.

    Os passageiros começaram a se mexer, pegando bagagens, arrumando chapéus, porém uma mulher – uma freira no caso – levantou-se primeiro e parecia ter certa pressa em deixar o vagão. Ela não olhava para ninguém em especial, mas tinha a expressão de quem não gosta de nada que está vendo. Jamie sentiu antipatia, para não dizer aversão.

    Quando a irmã chegou até a saída, foi cumprimentada por um dos guardas, mas logo esse mesmo guarda notou alguma coisa estranha e rapidamente se dirigiu para o fundo do vagão, a mesma direção por onde a religiosa havia passado segundos antes.

    Havia alguma coisa no chão e Jamie mesmo curiosa decidiu que não era hora de se meter onde não era chamada e apenas fitava o homem que agora tentava abrir uma porta que parecia emperrada. Logo o esforço teve efeito, pois a porta abriu-se com força que quase bateu no homem, porém isso foi o mínimo estrago, o que foi revelado era um verdadeiro terror.

    Jamie levou a mão à boca para conter um comentário em voz alta nada educado; as pessoas se agitaram, algumas gritaram, outras apenas ficaram estáticas, a mulher da poltrona um puxou a garotinha para junto de seu corpo para que ela não visse a cena grotesca.

    Jamie já vira corpos em pior situação, mesmo com seus donos ainda vivos, depois de tanto tempo vivendo como ela viveu, isso era quase como um apêndice. O que lhe intrigava era como isso tinha acontecido? Ela passara a noite toda em claro, não notara nem uma movimentação estranha. Sentiu aquele arrepio outra vez, isso sim a incomodava.

    O guarda que estava defronte ao que restou do corpo gritou para seus companheiros que estavam do lado de fora, ninguém daquele vagão deveria deixá-lo e no mesmo momento bloquearam o caminho da freira, que com uma expressão de digna resignação, largou sua espada e mala e se colocou a disposição da lei local.

    Ao ouvir a frase da irmã, enfatizando a crença no Deus dela, Jamie não pode deixar de olhar para coisa que jazia ensangüentada no chão e pensar onde estava algum deus quando aquela pessoa precisou dele?

    “Acho que vai ser estranho ou comprometedor se acharem essas facas nas minhas botas ou o machado no saco... Bem, posso dizer que vou trabalhar de lenhadora, garanto que dá dinheiro... Mallacht*, que bela maneira de começar o dia... E ainda estou com fome...” – Pensou Jamie enquanto se sentava outra vez para aguardar mais instruções sobre o que fazer, já dava para imaginar que o dia seria longo.

    ---------------------------
    * Maldição
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    Mensagem por Charllot D'alembert Qua Mar 31, 2010 5:37 pm

    Era o de menos se preocupar com a caixinha de musica daquele estranho vagão... Estava tudo até que tranqüilo até aparecer aquele maldito corpo largado no banheiro

    “logo no banheiro!!!”

    Charllot estava preocupada, a irmã em pé, nos cantos mais e mais passageiros e agora ninguém poderia sair, ordem da guarda da cidadela... “O que há de mal num corpo morto?” – pensou um tanto sarcástica a garota...

    Charllot se mantinha sentada, não iria tentar lutar contra tantos guardas... Seria burrice... Agora como escapar deles é a grande questão...

    Enquanto pensava olhava o movimento no vagão e aquele corpo aos fundos começara a deixar tudo com um mal cheiro insuportável...

    “Hummm”– Sorriu a mulher... Teria então alguma boa idéia? Não... Estava apenas pensando em alguma travessura, algo que a fizesse sair dali...

    Charllot abaixa um pouco a cabeça, dá alguns tapas no rosto e então com o rosto um tanto entristecido, se ergue e vai em direção ao guarda...

    - M. Officiel... Não me sinto bem… Faveur… um pouco de água?[/b]

    Apenas pretendia parecer doente... Estava descorada, pois não tinha comido nada ainda... Se mostrando fraca... Estava tentando sair para ser examinada...

    Com a mochila presa ao corpo... Charllot contraindo o estômago e unindo ao odor terrível que se alastrava no trem, consegue vomitar... e muito...

    “Je vais avoir de la chance?”

    ___________________

    Off: Sorry mestre, sei que é muito idiota, é só pra dar alguma ação, é chato só repetir o que é postado, tentei algo que realmente tivesse ação, mesmo que possa ser precipitado... Só saberei se dará certo se eu tentar....
    Eduard Edmond
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    Mensagem por Eduard Edmond Qui Abr 01, 2010 7:57 am

    Com as mão a cabeça, apertou-se ao proprio corpo contra os joelhos sentado na poltrona, onde achou que poderia acalmar as dores de cabeça no silencio.

    Eduard ouvindo o que se passava dentro do vagão, sentia sua dor de cabeça latejando em todas as partes.

    mantendo a respiração firme, como num até de ritual para passar as dores, ficou calado em seu canto com as mãos sobre a cabeça fexando os olhos tentando ignorar o que se passava na dentro do trem.

    Ficava resmungando:.


    _ Vai passar, vai passar, vai passar ...
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    Mensagem por Narrador Qui Abr 01, 2010 8:29 am

    [OFF] Não se preocupe, Charllot. Executo o papel de Mestre de RPG há 5 anos ou mais, e todos eles são famosos por começarem com praticamente nenhuma ação! Por isso me perdoem!

    Há também muitos momentos onde não se há muito o que fazer, não ser concordar. É assim em nossas vidas, e assim será no RPG. Mas gosto de ver criatividade e ousadia. Continue se divertindo, e não se preocupe com nada, afinal, nem pisastes ainda em solo elkandoriano.

    [/OFF]

    =======

    O alvoroço da população em busca de notícias ou de um melhor ângulo de visão dificultou um pouco o trabalho da guarda, mas nada que lhes tomasse tanta atenção.

    Ao lado de fora, a delicadeza das mãos expostas ao ar pintava a paisagem com tons suaves. Ereta, enviava seu olhar mais penetrante a quem julgou ser, da guarda externa, o líder, que sorriu em seguida.

    -Tens mesmo belos olhos, irmã, se não é sacrilégio dizer. Mas vedes, estamos todos aqui para tomá-la sob custódia, e não para uma prisão de fato. - E assim aproximou-se da moça, em tempo de tomá-la por uma das mãos -Mas se minhas palavras de elogio já foram-lhe ofensa, ai de mim colocar-te grilhões nos pulsos, senhora. Presto aqui apenas meu respeito, mas que este respeito não esteja acima de minhas ordens. Pedirei, portanto, apenas que me acompanhes, sob a paz de seu Deus.

    E desta forma a população se aquietou um pouco, os que julgavam profanação prender correntes aos servos de Deus.

    Adentro, o chefe da guarda caminha à passos largos em direção à saída.

    Abruptamente, como um pequeno animal caçado que salta da toca em último esforço, salta-lhe à frente, quase aos braços, a jovem moça da poltrona 20, pressionando o estômago e franzindo pouco o rosto. Seu tem de voz fora cuidadoso e delicado, com pequenos picos aveludados que, no idioma francês, tomava corpo sensual e convidativo.

    -Que a senhorita me perdoe, milady, mas não posso permitir que... - uma interrupção nada agradável: curvada, agora a moça de cabelos negros expulsava de seu íntimo o que lhe restava no estômago, e logo o resquício líquido manchou as botas de couro grosso do homem de armas.

    -Ora, por Deus!- dirigiu sua voz aos dois da entrada - Que guiem os outros! Abram espaço e retirem seus pertences por hora! Esta moça será levada de imediato para fora, e que algum dos moradores próximos lhe tragam de beber! Mande que aprontem um leito, pois em nossa carruagem ela irá deitada sob os cuidados de Gregory. - Desceu seu rosto então para ver o que se passava com a garota.

    Lá fora, a carruagem chegara, e uma nova escolta de seis homens viera com ela.

    Desceram e passaram a abrir caminho entre a pequena multidão que se formara.

    SE NINGUÉM FOR REAGIR DE ÚLTIMA HORA, todos podem ver os personagens descendo do vagão, indiferentes.

    Um a um são acompanhados por dois guardas, enquanto os outros aguardam na carruagem ou removem o corpo dos vagões.

    Ao sair, os que olharem para a esquerda podem ver a discussão entre um dos guardas locais com o maquinista. Era um senhor rechonchudo, de bigodes brancos e largos, trajando um macacão azul e uma camisa de cor já indecifrável pelas manchas largas de carvão. Falava em tom alto e com voz grave, expulsando perdigotos a cada exclamação.

    -Tenho horários a cumprir, não exija que eu permaneça! Há clientes aqui tanto quanto em outras localidades, e a velha Mary não pode descansar!

    Passaram, simplesmente. Ao lado oposto, nada se vê além do alvoroço e desespero de quem está ávido a ver a morte, mas é impedido pela guarda.

    Em fila, saem Johan em primeiro, pois os homens são motivo de maior preocupação em tempos machistas. Em segundo vem Eduard, ainda curvado. Seu olhar e sua postura causaram certa agitação aos que olharam. Em terceiro trouxeram Sarah, que já aguardava o tempo chegar. Em quarto, Jamie era conduzida de forma cortês, sem ser tocada, como era de costume da região. Finalmente desce a moça com sua filha nos braços.

    Esta mesma senhora percebe então alguém na multidão e se agita.

    -Pierre! Ne vous inquiétez pas! Fica com nossa filha! Notre fille! Pierre! - mas isto lhes foi negado, e todos puderam ver o homem baixo e careca no topo levar as mãos à nuca, como em desespero, antes de ser afastado pelos guardas de volta à multidão.

    Neste instante desce Charllot, carregada por braços fortes. O capitão da guarda, com um rosto avermelhado, erguia o corpo da donzela na linha acima da cintura, com toda delicadeza que lhe cabia, levando-a em direção à carruagem, que vistosa cobria toda vista.

    Era larga e tinha porte para 15 passageiros na traseira de ferro em barras, e mais 4 na dianteira, próximo às rédeas. Era puxada por 4 cavalos fortes. Johan encheu então os olhos e reconheceu na pelagem os cavalos da região Bohemia, a leste. Eram Holsteiner, talvez a raça mais poderosa de cavalos da atualidade, e sentiu leve chama arder-lhe por vê-los como reles cavalos de tração.

    Entraram, finalmente. Somente depois da entrada na carruagem, o povo lá fora pôde ver a retirada do corpo do vagão, e então uma explosão de gritos tomou conta da estação. E foi então que o brilho vermelho do julgamento surgiu em seus olhos, e voltaram-se para a carruagem, como uma grande matilha que cerca o coelho no bosque.

    Uma onda de adjetivos cobriu o silêncio e todos puderam então receber pelomenos uma dúzia de apelidos maldosos.

    A carruagem anda.

    Sentados lado a lado, eram duas fileiras, uma frente à outra, e, ao meio, a maca onde confortável estava Charllot.

    - B-bom dia, senhorita! Chamo-me Gregory e quero que me di-diga o que estás sentindo e o que se passou anteriormente. Sou o responsável pelo socorro da guarnição. - Era apenas um dos guardas de outrora, porém sem o elmo desta vez, e realmente nervoso ao ajoelhar-se próximo à moça.

    A viagem prosseguia, e parecia-lhes que era um tanto longa.

    ====

    Espaço para interpretação mais uma vez. No próximo post, a chegada à guarda. Estão dentro da carruagem, e ela é como uma gaiola grande de ferro.

    Boa sorte.
    Johan van Münster
    Johan van Münster
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    Mensagem por Johan van Münster Qui Abr 01, 2010 9:31 am

    Estava próximo demais do guarda para tenta escapulir pela janela. Nem se houvesse alguma distração conseguiria. Distração essa que apareceu. Uma bela jovem, de todos os ângulos, apareceu para falar com o guarda. O sotaque parecia encantador, mas o que ela fez depois disso quebrou toda a imagem que havia sido construída. Bom, nem toda. Johan teve uma bela imagem da jovem quando ela abaixou-se para por pra fora o que tinha dentro de si.

    Johan foi o primeiro a descer, o que dava fim a qualquer plano de fuga. Logo atrás, outro rapaz, que também não parecia estar bem. Johan torcia para que este também não vomitasse, já que poderia respingar um pouco.

    Saiu de corpo ereto, olhando ao redor, estudando o local. Olhos firmes e orgulhosos. Estava tentando manter uma imagem. Poderia usar o passado de sua família para sair daquela. Usar toda aquela pompa repugnante que seus pais usavam. Talvez gritar com os guardas que era um absurdo prenderem alguém da mais alta corte. Talvez desse certo, talvez não. Decidiu guardar aquele trunfo para mais tarde. Por enquanto, rumava para a jaula em rodas que o esperava.

    Notou então os quatro belos cavalos que ali estavam. Eles não nasceram para puxar prisioneiros vomitados. Eram uma raça de classe, para desfiles oficiais no mínimo. Baixou a cabeça por um instante e resungou: - Camponeses ignorantes...

    Deu uma última olhada para os animais e entrou. Sentou-se ao fundo, mais longe possível da entrada. Tudo cooperava para que ele não tivesse chance alguma de escapar. Esperou os outros entrarem e ficou torcendo para que a senhorita doente do belo traseiro não vomitasse novamente.
    Sarah de la Rogue
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    Mensagem por Sarah de la Rogue Qui Abr 01, 2010 3:24 pm

    -Nosso Deus, corrijo. E não é nenhuma ofensa, senhor cavaleiro. Não antes de me tocar. Mas vou sem questionar, pois se assim é, é porque estava nos planos de Deus.

    Apenas seguiu até a carroagem, permitindo a contragosto que os guardas se apoderassem de sua espada e maleta.

    Tentou sentar-se ao lado oposto dos passageiros homens, mas ainda assim era difícil com tantos guardas. Recatou-se.

    Aguardou então que chegassem ao local destinado.
    Jamie Nixon
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    Mensagem por Jamie Nixon Qui Abr 01, 2010 9:54 pm

    Enquanto observava a cena do lado de fora do vagão, entre o homem da lei e a mulher de Deus, cada qual com sua definição do que é justiça, Jaime percebeu alguns resmungos vindos da poltrona anterior a sua, o passageiro que a ocupava parecia muito nervoso. A garota sentiu um ímpeto de levantar-se, olhar para trás e tentar descobrir se o senhor estava com algum problema sério – além de ser suspeito de um terrível assassinato, é claro – mas era melhor se manter quieta, todos estavam tensos demais e às vezes precisamos extravasar de alguma maneira.

    Tentou focar-se em alguma coisa que pudesse lhe ajudar a passar o tempo, seu estomago doía e dava alguns avisos de que estava perdendo a paciência com essa demora toda. - “Isso é hora mesmo para ficar pensando em comida.” – Pensou, e um sinal de sorriso passou por seus lábios, a idéia de que estava mais preocupada com o café da manhã do que com o que estava estirado há alguns metros, era um tanto mórbida.

    O guarda que havia descoberto a coisa voltava apressado para junto dos outros, quando uma mulher que estava sentada numa poltrona um pouco a frente de Jamie, levantou-se cambaleante e atravessou-lhe o caminho, disse algumas palavras, a linguagem enrolada juntamente com a respiração acelerada, dificultaram a compreensão do discurso e Jamie perdeu a atenção, quando alguns segundos depois um barulho muito característico das tabernas nas madrugadas, fez com que a vontade da garota de comer alguma coisa fosse embora rapidamente.

    “Estomago fraco, hã.... Primeiro um saco de carne socada, agora uma sopa de vomito... O que mais me falt... Não, não...Não termine essa pergunta, Jamie Nixon! Você sabe que a resposta vem em seguida!” – A garota balançou a cabeça para afastar certos pensamentos, parecia que o cansaço começava a querer tomar espaço.

    Por sorte – Será mesmo? – a condução da Guarda chegou e os ocupantes do vagão foram autorizados, para não dizer “intimados” a acompanharem os oficiais. Primeiro foram os homens, e então a garota pode ver que estava na poltrona anterior a sua, o senhor que resmungava: Era alto e magro, de aparência simples, sua face estava lívida mas Jamie não saberia dizer o por que, porém isso não ficou muito tempo em seu pensamento.

    Ao ser conduzida para fora da locomotiva de forma muito cortês até em vista do acontecido, a garota pode vislumbrar varias cenas ao mesmo tempo e não se apegar a nenhuma. Curiosos lotavam a plataforma, era uma das coisas que ela mais abominava na humanidade, essa adoração macabra por tragédias, pareciam aves carniceiras.

    Seguindo por último na fila, vinha a senhora com a criança e de repente começa a gritar, alguém na multidão responde, parecia ser o pai da menina e a mulher, a mãe, pedia que ele tirasse a criança dali. Um momento de agitação e os guardas impediram que homem e mulher se encontrassem e ambas mãe e filha, desoladas, seguiram o cortejo para a jaula. Sim, a condução que esperava por todos eles era toda de grades, lembrando uma grande jaula de um zoológico.

    Era bastante rústica, a “carruagem”, e todos se acomodavam como podiam. Guardas e passageiros, uns de frente aos outros. Jamie sentou-se perto da portinhola e a senhora e a filha que entraram em seguida, sentou ao seu lado com a menina no colo, ela estava muito assustada com seus olhinhos inchados e vermelhos.

    Em seguida o guarda que trazia a moça que tinha passado mal entrou também e a acomodou numa maca que tinha sido posta no meio da condução. O cansaço que agora já falava mais alto na cabeça e corpo da garota, a fez invejar aquela maca.

    Então, dando uma rápida olhada nos ocupantes do novo transporte, percebeu que a irmã tinha tentado sentar-se o mais afastado possível, por costumes da igreja ou por qualquer outra razão, e Jamie não queria pensar muito nisso e nem precisaria.

    Naquele momento, o corpo desfigurado fora retirado do vagão para satisfação da platéia. Foi um choque momentâneo entre gritos e rogos, afinal, não era uma coisa que se via todos os dias – Pelo menos por aqui, pensou. E esse momento logo se transformou em julgamento, e sem escolher culpado, mas sentenciando todos os ocupantes da jaula, os presentes gritavam insultos e pragas, exigiam justiça, como se eles fossem a voz da razão.

    – Isso virou um circo macabro...- A senhora olhou para Jamie e perguntou o que ela tinha dito, o que a resposta foi “Nada”, entretanto nos pensamentos de Jamie as coisas começavam a complicar e ela já não achava que tudo iria se resolver tão facilmente. O povo queria um culpado e o sangue dele.

    Será que esse culpado estava entre eles? Será que fariam a coisa certa?

    Com um solavanco, os cavalos começaram seu trote levando aquelas pessoas que até poucas horas nunca tinham se visto ou imaginado se conhecer e que agora estavam ligadas por um fato tão sinistro.
    Charllot D'alembert
    Charllot D'alembert
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    Mensagem por Charllot D'alembert Sex Abr 02, 2010 12:31 pm

    Charllot mesmo pensando apenas em si mesma, acabou deixando todos fora do trem... Ela estava finjindo, mas como estava indo muito bem, queria continuar com a farça...

    Saiu carregada do vagão... Por braços fortissimos... Sim ela não gostou nem um pouco... aos poucos a tripulação do Vagão vão ocupando uma carruagem bem estruturada... Estavam evitando fulgas, qualquer um concluiria isso só de ver...

    Já deitada na maca ao centro da carruagem, um simpático guarda conversa com Charllot...

    - B-bom dia, senhorita! Chamo-me Gregory e quero que me di-diga o que estás sentindo e o que se passou anteriormente. Sou o responsável pelo socorro da guarnição. - Era apenas um dos guardas de outrora, porém sem o elmo desta vez, e realmente nervoso ao ajoelhar-se próximo à moça.

    - Pardon à M. Gregory, não me sinto bem desde o inicio da viagem... Não me alimento a alguns dias, pela morte de minha mãe, estou só no mundo e procurando um lar, não se impressione comigo oui...

    Charllot enquanto falava analisava o guarda... Dando uns olhares diretos e charmosos... Deixando-o ainda mais sem graça...

    A bela moça não tinha mais o que tirar do estômago, então não tenta vomitar mais... Porém, começa a contorcer o corpo, alegando dor...

    - Não me deixe morrer M. Gregory!!!!S'il vous plaît?(por favor?)

    Quando se vira dá uma piscadinha pra um belo rapaz que estava por perto, um dos tripulantes do vagão...

    "très agréable" - pensa olhando Johan...
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    Mensagem por Narrador Seg Abr 05, 2010 7:22 am

    Vagarosamente, a carruagem atravessa boa parte das ruas principais da cidade que, não maior que um pequeno bairro das cidades pequenas do nosso atual interior, porém, para sua época era grande e próspera.

    Não se assemelhava em muito às cidades da época, e possuía todas ruas labutadas em pedras brancas em formato de paralelepípedos, polidas e de tal maneira encaixadas que a cidade toda parecia ter sido esculpida nas pedras. Suas casas e prédios eram cuidadosamente erguidos com este mesmo material e madeira, o que rendeu a primeira das muitas alcunhas que a cidade receberia: “Elkandor, dos caminhos brancos”, e alguns mais lúdicos a reconheciam como “a cidade branca”.

    De outros nomes cabíveis, talvez tenham ouvido falar de “Elkandor do caminho das águas”, visando que também estava à frente de seu tempo nos sistemas de saneamento básico em valas conectadas, e possuía inclusive grandes trechos subterrâneos, por onde o excreto da cidade viajava, guardando-a do cheiro característico das cidades desta época.

    As ruas eram largas, mais que o convencional, e cabiam quase três carruagens lado a lado na pista, e sempre se via a movimentação constante dos moradores, mas praticamente não se viam crianças meninas pelas ruas.

    Em realidade, a população encarava a pequena sentada ao colo da mãe com certo espanto, e apenas se viam garotos de cabelos muito curtos a correr e ser criança.

    A carruagem enfim parou frente a um grande prédio murado, de escadarias largas, onde podia-se ver uma movimentação brusca: dois guardas tentavam afastar uma mulher eufórica, que, aos gritos, tentava desvencilhar-se.

    - Controle-se, senhora Pechovoutt! – disse um terceiro soldado, frente à entrada do local – O parecer da Guarda já fora anunciado, e o decreto oficial encaminhado à Corte para avaliação. Entenda que agora está fora de nosso alcance prover-lhe suas respostas.

    Era um guarda alto e robusto, como se isto fosse algum tipo de padrão, mas não estava armado ou mesmo de elmo. Apenas o reconheceriam como membro da ordem por suas vestes, e, ao invés da até então tradicional lança, este deixava fluir à linha dos quadris a empunhadura de uma espada longa, e, severo, segurava-a como quem descansa o braço mas não perde a prudência.

    A moça, por sua vez, era baixa e estava descabelada. Trajava vestes sujas, como se não se importasse com os muros à sua volta, e ainda vivesse em terras bárbaras cercadas por troncos. Apesar disto, era bela, e carregava no rosto um tom de desespero, mas como um animal acuado, desferia olhares e franzia o rosto com agressividade.

    Os guardas arrastavam-na à força pelas escadas, ainda que prezassem por sua integridade, e o mais delicados possível foram quando a entregaram enfim a um quarto homem, que assistia à cena com seriedade.

    Era igualmente robusto, porém não apresentava sinais de guarnição, seria apenas um civil, a quem foi confiada a custódia da mulher.

    Dentro da jaula, quase todos assistem à cena, sem autorização a descer ainda. Exceto por Gregory, que ainda eufórico era exposto às tentações da carne enquanto tentava concentrar-se em seu diagnóstico (concentração esta quase nula, pois nada mais conseguia passar por sua cabeça, não ser o toque aveludado da pele daquela que ali prostrava-se), todos puderam perceber a tristeza do casal, e a impotência daquele homem frente à humilhação da moça.

    Enfim são convidados a descer.

    - Desce agora. Logo à entrada serão interrogados. Dizei somente a verdade, e então o julgamento precoce será dado. Mas somente cabe à Corte julgá-los, e assim sendo, aqui será decidido apenas sua custódia.

    ====

    Os personagens podem então colocar aqui suas próprias falas. À frente, o mesmo homem que antes falara à mulher os aguarda no topo da escadaria (baixa). Os dois civis participantes da cena ainda não se retiraram, mas um desvio do caminho à Sede poderia ser mal interpretado pelos guardas.

    PS.: Eu não possuo internet em casa, portanto não postei no feriado devido a isto. Perdão lhes peço.
    Charllot D'alembert
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    Mensagem por Charllot D'alembert Seg Abr 05, 2010 9:05 am

    Estávamos avançando pela cidadela dentro da carruagem, Charllot fingia estar com dor, mas logo desistiu da farsa, o aplicado e perseverante Gregory dera remédios que curaria até defuntos... Logo a bela Charllot agradece e finge se sentir melhor...

    - Remercie M. Gregory!!!! Estou melhor…

    Charllot senta-se na maca...

    Logo todos podem ver inclusive a própria Charllot, uma jovem sendo levada aos berros na frente de uma das grandes casas, onde a carroça para... Era de dar pena...

    Mas enfim, pedindo ajuda para Gregory, assim que autorizado, desce junto aos demais da carroça e seguem para a al corte que os julgará...

    Subindo as escadarias... Logo encontram o tal civil que cuidou do caso da jovem sofredora... Era de dar pena da moça... Mas enfim, a Charllot se mostra leve, tranquilamente... Uma calma aparentemente que quem olhasse, nunca a veria como uma hell...

    Com sua mochilinha presa ao corpo, espera que o tal civil dê novas ordens...
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    Mensagem por Johan van Münster Ter Abr 06, 2010 6:22 am

    Aquilo estava ficando cada vez mais estranho. A moça que aparentava estar doente entra na prisão móvel fazendo drama para o pobre guarda que cuidava dela, mas a piscadela para Johan entregou o que realmente se passava: ela fingia. Johan riu de canto. Não podia sair rindo pela situação, ou seria bem suspeito. Mas havia algo mais suspeito do que alguém que fugia da cena de um crime se passando por doente?

    Mas isso não casava com as primeiras informações. A bela freira que estava sentada ao lado do banheiro. Se não fora ela, ela definitivamente saberia quem fora. Talvez as duas trabalhassem juntas. Que dupla... mas não era hora de imaginar as duas 'trabalhando' juntas.

    Quando os cavalos param, mais uma confusão. Johan abaixou a cabeça, não queria saber do que se tratava. Uma mulher gritava para os lados enquanto era enxotada por guardas para um homem, talvez seu marido.

    Esperou toda a cena e que seus 'parceiros de crime' deixassem o carro. Johan foi o primeiro a sair do trem e o primeiro a entrar ali. Logo, seria o último novamente a sair. Será que seria o primeiro a prestar esclarecimentos?
    Sarah de la Rogue
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    Mensagem por Sarah de la Rogue Ter Abr 06, 2010 7:18 am

    Desceu então sem ajuda.

    Seguiu pela escadaria, não dirigindo olhares aos civis.

    - Que seja breve. Quero de volta meus pertences, pois foram confiados somente aos que servem à Deus, e não devem ser profanados por praticantes do pecado. Perdoe-me, não quero demonstrar agressividade ou antipatia, apenas me preocupo com minha missão nestas terras.

    E assim prontificou-se frente ao homem que parecia ser o líder da guarda local.
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    Mensagem por Narrador Qua Abr 07, 2010 7:57 am

    Ao topo, severo, os encarava. Era um homem com traços fortes, queixo largo, escondido por fios grisalhos de uma barba cheia e bem aparada.

    Aparentemente ele ignorou a iniciativa da freira, que lançara-lhe as palavras.

    Seus olhos eram cinzentos, e poderiam atravessar carne se assim desejassem. Mas permaneceu ali, imóvel a fitá-los, até que finalmente um dos guardas posta-se à frente dos demais e passa a falar:

    -Salutations, Mon Seigneur. Trago-te estas pessoas sob custódia. Estavam em um dos vagões de Mary, quando chegou para desembarque esta manhã. Necessito dizer-lhe à sós o que foi relatado, ao passo que estes deveriam ser mantidos sob vigilância.

    -Pois bem. Deixe-me observar seus rostos.

    -Mas mon seigneur, nem lhe relatei o ocorrido e... - mas voltando-se para ele com um olhar tão penetrante que de imediato o soldado se calou.

    Voltou então os olhos para os suspeitos, e examinou o rosto de cada um veemente, enquanto pronunciava estas palavras:

    -Sabe, Seineur Rozafüer, estou ficando farto destes assassinatos. E mais farto destas prisões sem sentido. A gente que chega a estas terras é formada de um povo cansado pela guerra e peste. Estão aqui para tentar encontrar melhor juízo, ou melhor condição. Qual a razão para a qual fomos designados a levantar guarda sobre Elkandor, Rozafüer? - Disse finalmente, voltando os olhos ao pobre soldado, que agora, desconcertado, não sabia mais como responder ao homem que lhe atacava com palavras, tamanha era sua presença e imponência.

    -Seigneur! Viemos para evitar proliferações e aglomerações das massas sem prosperidade, seigneur! Sua majestade, O Rei, enviou-nos para que Elkandor fosse território livre da violência. - tentou aliviar assim sua situação.

    -E você acredita mesmo nisso? - deixou então vazar um leve tom de escárnio. Conteve-se. Voltou os olhos aos suspeitos, e novamente fitou-os com olhos severos - Não me leve à mal, seigneur Rozafüer. Seu dever e honra estão sempre bem-vistos. Mas não posso prender estas pessoas. Não quero correr o risco de que aconteça de novo o que houve com os antigos prisioneiros. - e neste ponto, posicionou-se frente à Charllot, e aproximou seu rosto ao dela, de forma que a donzela pôde sentir o calor de seu hálito e estremeceu de leve frente àqueles olhos. Era mesmo um homem a se temer - Estas pessoas são livres, e assim serão sob este solo, mas ainda estão presas às leis daqui, e devem preencher os documentos, como todos o fizeram. Assim tenho dito.

    E desta forma, passou a caminhar de volta à guarda. Por trás das pernas da mãe, a pequena garota agora sussurra, mas o soluço do choro faz com que seu sussurro soe alto:

    -Mamãe... e o que vai acontecer com a menina do vagão? - disse esfregando as costas das mãos nos olhos marejados, enquanto serrava os pulsos. As lágrimas caiam, mas em seu rosto a serenidade de criança se misturava à seriedade, e seus olhos estavam fixos aos da mãe.

    -Ora, agora não é hora, mon amour. Vamos encontrar ton papa, e ter com ele. Vamos.

    -Mas todos viram, maman. Todos viram antes de tudo.

    Mas então, as gritos, nota-se o homem afoito, correndo a ladeira, aos tropeços, esgotado de cansaço. Teria seguido a carruagem até ali, e era o pai da garota. Então os três se abraçaram, e, temerosos, se retiraram do local vagarosamente, podendo ser vistos pela rua durante algum tempo, caso alguém queira ainda incluí-los em alguma ação.

    Não distante, o senhor que outrora acolhera a mulher de antes nos braços (o que já estava no local, e não o pai da menininha) se aproxima.

    -Excusez-moi, messieurs, mas ouvi o que se passa. Se estiverem cansados demais para encarar Lorde Samathan de imediato, podem acompanhar-me até minha casa para um chá. Temos queijo fresco e frutas que colhi pela manhã. Não é longe, je vous promets, e acredito que o prazo máximo para o preenchimento destes documentos é de algumas horas caso não tenham ninguém aqui. Mas se me permitirem, mes amis, posso dizer que sois todos meus parentes de longe, assim permanecem apenas como passageiros pela cidade, e isto aumenta vosso prazo em dois dias. Dis-je? - Disse isto com serenidade, enquanto a mulher ainda se mantinha em seus braços, mas pressionando sua cabeça contra o peito daquele senhor, e parecia ter contido um pouco o choro.


    Última edição por Narrador em Qua Abr 07, 2010 11:01 am, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Charllot D'alembert Qua Abr 07, 2010 9:58 am

    Charllot gela quando o guarda se aproxima da mesma, com cara fechada, séria, também não demonstrou medo, se manteve quieta e olhava nos olhos do civil..

    - Estas pessoas são livres, e assim serão sob este solo, mas ainda estão presas às leis daqui, e devem preencher os documentos, como todos o fizeram. Assim tenho dito.

    - Seigneur... Será como preferir... Seguir leis não é o problema! - Charllot disse confiante olhando para o guarda.

    O convite logo fora feito para que passassem a noite na casa de um certo senhor... O mesmo que anteriormente, segurava firme uma moça que aos gritos, fora levada... Precisamente, parecia ter sido acusada de algo grave, o que deixou a todos espantados... Charllot se sentia sem jeito mas, claro que aceitaria, estava sem ter para onde ir, e não poderia sair da cidadela enquando não preenchesse a documentação que logo pediram...

    - Oui, Merci Seigneur... Agradeço o convite e aceitarei sim!!!

    Charllot com sua mochila, segue em sentido ao senhor, olha o prédio, e dá uma observada em toda a área que nem parava para ver direito como era... Enfim, chegou perto do senhor e olhou para trás, a fim de ver se os demais viajantes do vagão iria seguir com o senhor...
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    Mensagem por Jamie Nixon Qua Abr 07, 2010 1:16 pm

    O cansaço falou mais alto e combinado com o leve sacolejo da charrete – gaiola fez com que Jamie acabasse por pegar no sono. Um sono não muito tranqüilo, no entanto. Enquanto tentava manter os olhos abertos, gravava algumas características de Elkador.

    Uma cidade limpa, organizada e em crescimento. Era tudo surreal demais para a garota, de repente ela percebeu que algo não cheirava bem naquilo tudo, e não era o esgoto. Adormeceu outra vez e logo foi despertada por uma gritaria, o susto fez com que ela levasse uma das mãos à bota, porém era apenas a tal garota doente.

    Achou a situação suspeita, anos de experiência no trabalho fizeram que ela aprendesse a identificar certas cenas, de modo que, todas as lamurias soavam forçadas demais e isso estava tão óbvio que se o tal guarda que vinha acompanhando- a desde que saíram da estação não estivesse tão interessado no recheio do vestido da [í]Lady[/i] também teria percebido.

    Jamie tentou tirar a atenção da cena ridícula e voltar ao cochilo, era desconfortável onde estavam, mas nada que pudesse realmente afeta-la e já quase voltando ao topor, percebeu do lado, nas ruas que as pessoas que andavam ou trabalham pela cidade, olhavam fixamente para eles.

    Será que a noticia do assassinato já se espalhará? Esse pensamento levou a outro em seguida, como uma corrente, notou algo nas ruas, havia crianças brincando e correndo, mas apenas meninos. Seria uma cidade machista extremista?

    Por sorte – ou azar – chegaram ao centro de guarda, uma mulher estava sendo retirada aos berros de dentro dessa sede, estava completamente transtornada, e os guardas que cuidavam do caso, por mais que estivessem sendo enérgicos ainda assim tentavam ser gentis. Ela foi entregue a um senhor, que assistia a cena, sério e consternado, o conjunto chegava a dar pena. Jamie encarou a mulher, apesar de tudo era bela, o que de tão grave poderia ter feito isso com ela?

    Ultrapassaram os muros de pedras brancas, onde foram convidados a descerem da prisão móvel e seguirem até onde estaria o homem de maior patente, seria ele quem decidiria o destino de todos.

    A Irmã, com a petulância que é costume de quem acha que é um enviado de poderes maiores e por isso melhor que os outros – isso irritava Jamie demais -, adiantou-se subindo as escadarias cobrando seus pertences, entretanto, o homem ignorou o pedido da irmã. Esse homem era altivo e alguma coisa nos olhos cinzentos do homem lembrou muito um puma, observador e perigoso.

    Um dos guardas da comitiva tomou a frente e começou a falar com seu superior, mas o homem não deixou que terminasse o relato, mesmo sob protestos do oficial que tentava cumprir seu dever e ao mesmo tempo fazer seu argumento ser ouvido, enquanto tentava não demonstrar o embaraço que passava em frente os passageiros custodiados.

    - E você acredita mesmo nisso? Não me leve à mal, seigneur Rozafüer. Seu dever e honra estão sempre bem-vistos. Mas não posso prender estas pessoas. Não quero correr o risco de que aconteça de novo o que houve com os antigos prisioneiros. – O que acontecera com os antigos prisioneiros? O Oficial parou de frente para a tal mulher que estava até alguns minutos doente,- mas que agora miraculosamente parecia muito saudavel, talvez a presença da Irmã tivesse algo a ver com a cura. Jamie quis rir, seus pensamentos mais debochados nunca lhe abandonavam e apareciam em certas horas... – e a encarou por uns instantes, e continuou:

    - Estas pessoas são livres, e assim serão sob este solo, mas ainda estão presas às leis daqui, e devem preencher os documentos, como todos o fizeram. Assim tenho dito. - E assim, apenas assim, sem interrogatório nem nada, o homem deu meia volta e seguiu para o lugar de onde tinha vindo e eles, os passageiros, estavam livres.

    Estava tudo facil de mais. Limpo demais. Havia alguma coisa errada, e bem errada. As pessoas começaram a tomar ciencia do que deveriam fazer. Enquanto pertences eram devolvidos e algumas palavras ditas pelos guardas, a menininha, filha da senhora que estava ao lado de Jamie na viagem até ali, fez um comentário estranho sobre uma menina no trem. “Que menina no trem? Não tinha mais... ”

    A senhora calou a menina, e ambas foram ao encontro do marido/pai que vinha afoito ruela abaixo, o alivio de se reunirem foi paupavel. Nem mesmo olharam para tráz, quando sairam pelos portões.

    Então, o senhor que ela tinha visto quando chegavam a sede da guarda, veio até eles. A mulher que tinha sido posta para fora a pouco, estava aninhada em seus braços. Quando ele falou, mostrou educação e humildade.

    -Excusez-moi, messieurs, mas ouvi o que se passa. Se estiverem cansados demais para encarar Lorde Samathan de imediato, podem acompanhar-me até minha casa para um chá. Temos queijo fresco e frutas que colhi pela manhã. Não é longe, je vous promets, e acredito que o prazo máximo para o preenchimento destes documentos é de algumas horas caso não tenham ninguém aqui. Mas se me permitirem, mes amis, posso dizer que sois todos meus parentes de longe, assim permanecem apenas como passageiros pela cidade, e isto aumenta vosso prazo em dois dias. Dis-je?

    Jamie estava meio zonza, sentia-se como se estivesse sendo posta a prova, observada. Nunca confiava em milagres ou sorte, entretanto todos os acontecimentos confusos precisavam ser estudados, além disso o cansaço e a fome que fora esquecida no decorrer dos fatos, ao ouvir alguma referencia a comida, começou a gritar outra vez.

    Talvez um pouco de descanso, fosse o que ela precisava agora, e também quem sabe, um pouco de informações. Desde de que chegará na cidade de Elkador, Jamie colecionava mais e mais perguntas, e quando começara a viagem achava que encontraria era respostas.

    – Senhor, meu nome é Jasmine Nixon e de minha parte, aceito sua oferta e agradeço tamanha gentileza com desconhecidos, mas apenas aceitarei a refeição e um pouco de descanso. E também, quem sabe o senhor possa me falar um pouco mais sobre essa cidade...

    *****************
    (off: Desculpe por repetir tantas falas de personagens, mas por motivos que já conhece, acabei me enrolando na postagem e precisei de certas referencias.)
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    Mensagem por Sarah de la Rogue Qua Abr 07, 2010 2:56 pm

    A atitude do chefe geral da guarda havia a desconcertado, e ela permanecera ali, imóvel após ser ignorada.

    Recolheu então seus pertences. Respirou. Pensou em abandonar aquele lugar um quanto antes, mas ouviu o que o estranho ali havia lhe dito.

    -Mesmo em tempos como os atuais é difícil encontrar quem preste sua hospitalidade à visitantes. A maioria não consegue confiar, mas o senhor o fez. Irei prontamente. Não me encontro ainda nestas terras, e preciso de informações. Mas espero que minha estadia, e a dos outros, não abale com sua rotina, e que não causemos muito incômodo.

    Posicionou-se ao lado do cidadão para então segui-lo.

    Voltou os olhos aos outros, e finalizou:

    -Perdão, meus irmãos. Devo me desculpar por ter me alterado logo agora. Antes acredito que devamos nos apresentar. Sou Sarah de La Rogue. Mesmo que minha estadia seja breve, é bom tê-los como companhia.

    Ateve-se a cumprimentá-los movendo o rosto. Se alguma das moças lhe apresentasse a mão, ela apertaria de bom grado. Caso um homem, ela não o tocaria, mas agiria de forma cortês, apesar de não esconder muito bem que não aceitaria o toque de um homem a seu corpo.
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    Mensagem por Charllot D'alembert Qui Abr 08, 2010 7:46 am

    Ao aceitar a proposta do tal senhor, Charllot esperava que mais pessoas fossem também, por motivo de cansaço que abateu a todos ali... Primeiro uma senhora muito simpática se pronuncia, sua fala é educada e gentil, mas no fundo um tanto rude... Em seguida uma jovem irmã... Era muito bela, com falas sensíveis e religiosamente impecável aos olhos de quem a vê tão pura... Esta se pronuncia, também aceitando ir com o senhor...

    -Perdão, meus irmãos. Devo me desculpar por ter me alterado logo agora. Antes acredito que devamos nos apresentar. Sou Sarah de La Rogue. Mesmo que minha estadia seja breve, é bom tê-los como companhia.

    Charllot aproxima-se da moça e estende a mão direita, para comprimenta-la..

    - Como vai Miss Sara, é um prazer conhece-la... Sou Charllot D'alembert...

    Charllot estava sorridente, parecia bem cortez e agradável, assim fez o mesmo com a primera senhorita, a esta não chegou a estender a mão, apenas flexionou os joelhos, segurando levemente as vestimentas... (como na festa junina)

    - Prazer Miss Jasmine Nixon...

    Charllot era uma jovem muito simpática... Tipicamente francesa!

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