Proud Mary Train – Britain Railways
Interior:
(ignorar lâmpadas, ventiladores e demais partes elétricas)
Três... Quatro... Cinco. Já seria a sexta vez que o cavalheiro da poltrona 33 olharia seu Patek Philippe, talvez a linha mais cara de relógios ornamentais banhados à prata e ouro.
Retirava-o e o retornava ao bolso de linho nobre marrom, parte integrante do conjunto de vestes notórios. Parece que viagens de trem podem ser longas demais. O ponto de vista conta muito. Os afazeres também.
Entre os leves cochilos, um abrir de olhos. O silêncio apenas é cortado pelo brusco som das rodas de ferro atritando à linha férrea, fazendo saltar os calços de madeira.
Lá fora, uma pequena nuvem vaga solitária, perdida, quase imperceptível, uma sombra esquecida perto da lua crescente, quase covardia. Haviam mais estrelas que o esperado para Novembro, mas a temperatura condizia com a época.
Na penumbra, solitário, jazia um pequeno som. Algo que passou a tomar parte dos sonhos de quem dormia no vagão. Por insistência e estranheza, abriu os olhos então. Todos ali acordados puderam ouvir a triste melodia, como uma caixinha de música abandonada em algum ponto do aposento.
Melodiosa, soava como choro, enquanto despertava a atenção de pouco mais da metade dos viajantes. O senhor da poltrona 33 dormia. A Senhora com a criança também. A criança não. Era uma menina de cabelos dourados, vestida como quem vai para a neve. Os cabelos lisos caiam aos ombros, mas difícil era ver qualquer cor dos olhos no meio da noite.
Som:
Ao centro do vagão, onde mais a escuridão reinava, uma silhueta infantil: Quem forçou a vista pôde ver a forma de uma menina, como se perdida, segurando uma boneca de pano. Suas vestes quase não podem ser vistas, portanto não descritas aqui.
O que se sabe é que estava cabisbaixa e imóvel. Os cabelos negros seguiam compridos pela frente e pelas costas. Não cobriam o rosto, mas o rosto baixo era coberto pelas sombras da noite.
O trem parece seguir sem se importar com a figura, mas Em um solavanco brusco (que acorda o restante dos passageiros do vagão 6), os olhares se desviam. A noite continua sem sinal da garota.
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A brisa matinal emitia doce som ao deslizar por entre a pequena abertura da janela, até tocar suavemente o rosto dos personagens. Foi uma noite cansativa, mas agora pode-se ver a pequena cidadela de Elkandor, reerguendo-se por entre os morros, na glória dos dias antigos, de quando o mundo era jovem.
A estação é logo aos limites da cidade, e parece bem movimentada, mesmo que vocês tenham tido a certeza de que não mais que 20 viajantes se espalharam nos 6 vagões, sendo que o mais movimentado era o vosso.
A recepção não parece ser muito calorosa, aparentemente a guarda da cidade está presente e bem armada. Formaram uma fileira de cinco homens uniformizados, armados com lanças e protegidos por elmos. O resto de seu corpo é protegido por gibão de couro batido, acolchoado, levando a insígnia real em sua frente. Atrás, outros três voltam-se à multidão, assegurando que esta não adentre o espaço de desembarque. Não há gritaria, mas á atenção.
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Um homem sobe ao vagão quando este está completamente parado na estação.
-Saudações Elkandorianas, senhores.
Se sedes externo à nossas terras, deveis tomar rumo à Sede da Guarda, onde apresentareis vossos respectivos nomes e intenções, recebendo um documento em papel dito a data que podereis permanecer nestas fronteiras até que consigas de alguma forma contribuir com nossa comunidade.
Se este prazo se extinguir e nenhum emprego conseguirdes, então um convite será feito, de seguir teu rumo adiante, e deixar Elkandor prosperar com quem mais se interesse.
Estas regras foram decretadas por Sylvain Pordevon, Representante Real e Regente destas terras. Ele lhe dá as boas-vindas calorosas.
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Vocês podem postar algo de como foi a noite e como foi a reação de seus personagens aos acontecimentos noturnos. Ninguém pode sair da estação ainda, podendo no máximo descer do vagão. Podem interagir entre si e interagir com os NPCs (personagens não-jogadores).
Esquema do uniforme dos Soldados da Guarda de Elkandor:
Última edição por Narrador em Seg Ago 02, 2010 8:44 am, editado 1 vez(es)