Estação Carlos VII

- Ei... É Charllot, certo, bela? Sem querer atrapalhar suas investigações, mas por acaso este punhal tem um formato serpential? Esse homem esconde alguma coisa... posso ver o objeto?

- Non, non... É apenas uma adaga ondulada... - Charllot ergue a Adaga e o mostra...

- Sinto muito, não lhe emprestarei, está me servindo... Mas quem sabe depois de encontrarmos os pergaminhos!!!!

- Srta Irmã, cuidado com essa espada, talvez fosse melhor deixar aqui. Sr Eduard, sem truques, sim?

-Truques, eu? - levanta as mãos como se quisesse mostrar que não carregava nenhuma arma - mas era uma forma de falar cínicamente (mais como piada mesmo) que era inocente.

-A senhorita é quem manda. Sou somente sua sombra. - Disse novamente, com um rosto sombrio e um sorriso sádico.

Luís então tenta se levantar, aos cacos.

-Esta... Esta adaga não é somente uma adaga comum. As chaves que me tomaste... São as chaves de minha casa, senhorita. A adaga é a chave.

Ante a questão, Charllot pode ficar um tanto pasma com a afirmação. Mesmo após encontrar o alçapão, por trás do balcão, onde realmente descansava, ela não podia abrir a tranca que havia por baixo da camuflagem de solo.

Era uma tranca grande e modulada de forma arredondada. Haviam três grandes cavidades, assim como três protuberâncias na base da empunhadura da adaga.



-Já disse... que poderiam levar os documentos de que precisam. Posso não ter a coragem de alguns, mas tenho a palavra de poucos. Não volto atrás no que digo.

Finalmente se levantou por completo.

-Preciso de um chá...

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Uma vez aberta a tranca, a base do alçapão era de madeira vigorosa, revestida em vidas metálicas, chumbadas em largos parafusos rebitados. Não rangeu e não era pesada, apesar de sua aparência intimidadora.

Dava para um lance de escadas de madeira muito bem construidas, em espiral, que levava a um pequeno quarto abaixo, ainda um tanto escuro. A luz que batia por entre o alçapão aberto ainda lhes permitia analizar os primeiros degraus, e realmente eram impecavelmente limpos, sem poeira alguma.

Charllot deu pequenas batidas nos degraus mais próximos com a ponta da adaga, e tentou movê-los. Também examinou o corrimão, e passou as mãos nas maredes com delicadeza. Por fim adentrou o local e pôde examinar também o teto (que é o piso da biblioteca).

Não haviam sinais de armadilhas ali. De nenhum tipo.

Sr. Luís caminhou até o fundo da escada, onde abriu um armário. Alguns poderiam ter se movido rápidamente, desconfiando que o homem iria tentar algo, como fugir, ou pegar outra arma, mas antes de qualquer coisa ele retorna solene com uma pequena lamparina de mão, munida de óleo e pavio.

-Vão precisar. Logo à esquerda há dois grandes candelabros de bronze. Estão recheados com velas grossas, irão iluminar melhor a mesa de pesquisa, afinal, não há janelas lá embaixo.

Peço que não tragam os documentos aqui para cima, posso ter problemas com a guarda.

Bem... devo imaginar que não poderei sair... Acha melhor que eu feche as janelas?

Sarah aguarda que Charllot entre, para que possa seguí-la. Caso Jamie queira tomar a frente, ela permite. Qualquer outro ela apenas continua entrando sem dar espaço.

-Senhor, eu não vejo motivos para o senhor fechar as janelas, pode chamar muita atenção. É preferível que elas fiquem abertas.

Preciso agora saber quem entra, quem sai.

Johan disse que montaria guarda, se não me engano. Posso entender que ficou para trás?

Posso entender que todos os outros adentraram para investigar?

- Ela tem razão. Fechar as janelas só chamaria mais atenção. Não se preocupem, eu fico de olho.

Johan van Münster efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

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Charllot vê que Johan resolve ficar, ela não confia em ninguém até então, mas do jeito que as coisas andavam, se ela não fosse observar os pergaminhos, poderiam danifica-los em meio a discussões ou alguma outra encrenca...

Enfim, Charllot também entra no alçapão...

"Vamos lá!!!"

Então sim: não esperarei que outros postem. Sarah me disse por msn que teria entrado. Eduard não disse nada, mas em um post anterior disse que entraria se Jamie entrasse. Então considero que apenas Johan tenha ficado para trás.

O primeiro que postar (menos Johan) poderá tomar a frente e interpretar que seu personagem pegou a lamparina e também alcansou os candelabros anteriormente mencionados. Charllot não encontrou nenhuma armadilha no local, e a única diferença desta sala para o saguão principal era o ar um tanto mais abafado.

Sobre a mesa, todos os arquivos prometidos, como se alguém os estivesse avaliando ali recentemente. Postarei agora as reportagens. O jornal da época era curto, com apenas 4 páginas largas de um caderno, e a área destinada à Elkandor geralmente era mínima, se tratando de uma cidade ainda pequena. Todas as edições estão datadas e em ótimo estado.

Seguem:

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France en Bref
Paris, 6 de março de 1489

Na madrugada de ontem (5 de março), em Elkandor, um mistério afligiu a população do vilarejo: o desaparecimento repentino de Megan Shinxter, uma menina de apenas 8 anos de idade. Sua mãe, Tânia Shinxter está em estado de choque. "Quando acordei os ponteiros passavam da meia noite, e encontrei minha esposa agaixada, abraçando os joelhos, em pânico. Ela chorava e não conseguia pronunciar nenhuma palavra, não ser o nome de nossa filha", relatou o pai da vítima, Sr. Roland Shinxter.
A Sra. Shinxter foi encaminhada ao sanatório após ter demonstrado extrema agressividade com os guardas e quem mais se aproximasse do local. A guarda do vilarejo alega que o rapto foi acima de qualquer suspeita, e nenhum guarda da ronda noturna foi capaz de perceber movimentos estranhos. A guarda ainda alega que a família deve ficar descansada, que tudo será resolvido em breve.

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France en Bref
Paris, 4 de abril de 1489

No início da semana, no dia 1º de abril, a guarda de Elkandor, ao norte, recebeu um relato desesperado de um pai: sua filha havia sido raptada. O crime ocorreu na madrugada do mesmo dia, dentre meia noite e uma da manhã. No local, a guarda não encontrou vestígios ou pegadas, mas marcas de unhas pelo chão. A julgar pelo estado emocional da mãe, Sra. Alicia P. Saternnori, a guarda acredita que a própria mãe da vítima tenha arranhado o chão em um ato insano ainda a ser investigado. Giovanna Saternnori era uma menina de 9 anos de idade que fazia parte do coral da igreja local. O Sr. Mario Saternnori não acredita na crueldade dos sequestradores em separar-lhes de sua filha única. A guarda local diz não ter muito a comentar sobre o caso, mas que as investigações estão em andamento.

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France en Bref
Paris, 26 de maio de 1489

Novo caso de desaparecimento infantil em Elkandor. Desta vez uma menina de 10 anos de idade desapareceu na madrugada de 25 de maio. As autoridades relatam que é o terceiro incidente e que eles podem estar ligados de algum modo. Alana D'attaidd possui 10 anos, morena e magra. Seus pais se desesperaram. O estado emocional da mãe era trágico e foi encaminhada ao Sanatório Mengele, nas proximidades de Elkandor. As três mães das três vítimas até agora permanecem internadas. O pai de Alana não quis ceder entrevista, disse apenas que "a guarda nada fez até agora, e nada fará". A guarda não se pronunciou sobre o caso em específico, apenas deixou claro que um especialista foi encarregado dos desaparecimentos.

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France en Bref
Paris, 15 de agosto de 1489

Rochelle Pechovoutt, 8 anos, desaparecida. O caso ocorreu em Elkandor, ao norte, e já é o quarto da série. A guarda de Elkandor está apreensiva. Há muito pequenos manifestos da população vinham ocorrendo devido à incidência de crimes sem solução. "A fragilidade da guarda está à mostra", disse um dos manifestantes. "É uma vergonha que incidentes assim ocorram e a guarda não faz nada para detê-los", depõe outro. Geremy Samathan, responsável legal pela Guarda de Elkandor, se defende: "Os casos estão sendo investigados à medida do possível, as população de Elkandor deve se manter calma. Estamos tomando todas as medidas cabíveis, mas é ruim para um cão caçar uma raposa que não tem cheiro", disse referindo-se à falta de pistas sobre o sequestrador. Parvott Pechovoutt, antes designado para investigar o caso dos desaparecimentos, agora depara-se como pai de uma das vítimas e se desespera: "Isto vai parar. Quem tiver alguma filha, não a mantenha em cativeiro, mas a mantenha sob vigília. Farei tudo ao meu alcanse para impedir isto". Sua esposa, Sra. Pechovoutt está muito abalada com o caso, e não nos prestou depoimento. "Ela está cansada demais para falar, deixem-na em paz", disse Sr. Pachovoutt a nosso reporter, e também aos enfermeiros da Instituição Mengele.

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France en Bref
Paris, 20 de agosto de 1489

Instituido toque de recolher em Elkandor. Devido aos incidentes que atualmente vêm ocorrendo na região, o Regente Sylvain Pordevon, instruido por seus superiores e conselheiros, assinou finalmente o decreto, impedindo que qualquer morador sem autorização caminhe pelas ruas de Elkandor após as 18h, sob risco de perder a vida. A população se dividiu quanto à notícia e muitos se frustraram, mas cederam, por vez. Os incidentes de Elkandor abraçam incêndios e raptos misteriosos, e a proximidade com a mata local possibilita o acesso de animais de hábitos noturnos, como o incidente com os porcos selvagens, em setembro de 87.
A guarda alega que quem estiver nas ruas após este toque será detido sob a suspeita criminal, e não se prolongou em seu depoimento: "Se há alguém ou alguma organização por trás destes crimes, então para evitá-los as providências serão estas. Em sua totalidade, os crimes ainda não resolvidos ocorreram após as 18h, e este é o horário que devemos aumentar nossa prudência. Assim está decretado, e assim será cumprido".
Parte da população acredita que a guarda nada pode fazer, pois a origem dos casos seria supostamente folclórica, de espíritos e criaturas fantásticas que habitam a imaginação das pessoas. Sobrenatural ou não, se for programar uma viagem à Elkandor, não se esqueça de chegar antes das 18h.

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France en Bref
Paris, 12 de setembro de 1489

Nova manifestação da população em Elkandor. O motivo desta vez é o afastamento de Parvott Pachovoutt do cargo de investigador principal dos desaparecimentos de meninas na região. A população, que antes já acusava a guarda de descaso com as investigações, alega agora o total abandono da causa. "Agora eles querem esconder tudo, como se nada houvesse acontecido", disse um morador local sobre o fato da guarda não possuir mais autorização para falar no caso. "Eles querem agora vetar o France en Bref, para que o povo não comente mais no assunto. Isto é tenebroso", continua. O manifesto ocorreu na tarde deste dia 11, com a derrubada de um dos muros da Sede. A guarda se defende nas palavras de Lord Samathan: "É ridículo pensar que estamos encerrando as investigações. O Sr. Parvott apenas está sendo afastado de seu cargo, pois está se alienando aos incidentes, e isto está afetando sua saúde. As investigações apenas passarão para outras mãos", disse, mas não divulgou o nome do novo investigador. A população contesta a veracidade dos fatos, e pede urgência nas investigações. O toque de recolher em Elkandor parece ter aliviado os ânimos, mas ainda se há relatos de vultos na cidadela, que foram perseguidos pela guarda, mas não identificados. A guarda nega estes fatos, e diz que todas as noites têm sido calmas desde que o toque de recolher foi instituido. Sr. Parvott não foi encontrado em sua residência para depoimento. "O povo reclama demais", relata um morador local: "a guarda está certa em trancafiar o povo depois das seis. Não há muito a ser feito, e esta gente acredita que o criminoso vai ser encontrado como se por milagre", completou. O caso está sendo tratado com a imprensa, e o Regente Sylvain Pordevon anunciou estar em Paris no dia 22 do mês corrente para tratar sobre o caso com a imprensa. Aguardaremos então a resolução do quadro de Elkandor neste dia.

Charllot, assumindo seu lado gatuno, agiu rápido na suspeita de que o bibliotecário estivesse planejando um atentado qualquer, tomou a frente, mas o que o homem entregou era um punhal de aparência estranha, que na verdade descobriram ser a chave do alçapão.

Mais uma vez mostrando sua habilidade, a moça começou a investigar a localização da porta, após algumas contradições do depoimento do pobre homem, ela encontrou a portinhola e usando de seus dotes, em pouco tempo liberou a entrada para o restante.

Jaime olhou-a com admiração, foi de poucas palavras e muita ação, era o tipo de gente para se ter por perto numa situação dessas. A garota já tinha posto o machado de volta no cinto, mas mantinha uma mão sobre ele, prevenção sempre.

Com a mão livre alcançou um lampião, e entrou pela portinhola, seguindo as informações do homem, dali um pouco encontrou os candelabros e os acendeu. Os outros vieram logo atrás, mas Jaime já tinha olhos para outra coisa.

O local era muito abafado e as chamas das velas acabavam por aquecer mais ainda o ar, era uma sala similar a anterior, apenas sem janelas.

Havia uma grande mesa e sobre ela vários papéis e jornais espalhados como se alguém tivesse acabo estudá-los e tivesse saído para um descanso rápido. Ao chegar mais perto e ler do que se tratavam, ela não pode segurar o riso.

– É, caros amigos, não somos os únicos que estão procurando respostas no passado, pena que nosso amigo não tenha nos dito que seria tão fácil achar os documentos, não concordam?

Poderia ser realmente suspeito, poderia ser apenas uma distração, ou poderia ser que ali tivesse alguma dica concreta. Tudo acontecia de uma maneira surreal desde que Jamie abriu os olhos naquela manhã, que ela não duvidava mais de nada.

Seus olhos deixaram os papeis e foram direto para os jornais, eram folhetins diversificados, mas quem esteve ali antes, deixou as matérias sobre Elkador a mostra.

Eram pequenas, não mais que algumas linhas, somavam seis manchetes em datas diferentes, que mais ou menos batiam com o que o hospedeiro que arrumaram tinha lhes dito, e todas falavam sobre os desaparecimentos.

Jamie notou que não havia nada ali que já não soubessem, mas ao chegar no quarto caso, teve de reler e o fez em voz alta:

- “Parvott Pechovoutt, antes designado para investigar o caso... “ Ora, ora, então nosso anfitrião está mais envolvido nisso do que imaginamos, ele fazia parte da guarda, e como foi afastado e longe da investigação ou resposta e precisa de nós... Talvez por sermos dispensáveis, não sei... Só estou achando que isso aqui está facil demais.

Os outros liam os jornais e documentos, em busca de mais algo, porém nada clareava na mente de Jamie.

– Todas as outras mães, ficaram insanas e tiveram de ser internadas, mas a esposa do Senhor Parvott, parecia sim descompensada, mas não louca. Por que com ela foi diferente?

- Será que podemos levar uma cópia disso? – A garota deixou que os outros continuassem lendo, enquanto procura uma pena tinteiro e papel.

Off – mais uma vez , se tiver algo que não pudesse ser feito, por favor desconsidere e me explica, sim? ^^

-Estas informações estão mais detalhadas, mas ainda assim faltam detalhes importantes. Um dos fatores é o endereço. Não consta o endereço destas famílias nas reportagens.

As idades das meninas são todas muito próximas. 8... 9... 10 anos. Há então outra com 8 anos. O criminoso é seletivo quanto idade. Não diz muito também da aparência. Será que a idade é a única coisa que coincide? Ou será que existe mais de um padrão aqui?

Sarah põe-se a pensar.

OFF.: Mestre, um teste de Intuição ajuda nestas horas?

Infelizmente não, apesar de alguns mestres utilizarem este recurso em horas como estas, eu valorizo mais a interpretação e o "quebra-cabeça" que soprar a resposta porque alguém tirou um número alto nos dados. Intuição aqui será utilizada como forma de descobrir mentiras, deduzir preços de objetos não-catalogados e coisas afins. Desculpe.

Eduard apenas estava ali presente, sem abrir a boca. Gargalhou por dentro com a notícia. "Ha! Então o velho Parvott é um investigador? As coisas começam a ficar interessantes."

Apenas passou os olhos pelos documentos. Ouviu os comentários.

-Endereços... Não temos nenhum, mas toda biblioteca deveria ter um mapa. Não estou com idéia nenhuma, afinal, mas um mapa hora ou outra pode vir a ser útil. Mas não quero atrapalhar as mentes pensantes. - finalizou sorrindo.

Havia muito naquelas linhas, mas havia mais nas entrelinhas.

Sentou-se em um canto, no chão, e descansou as costas, levando as mãos para trás da cabeça. Novamente outra dor forte de cabeça o faz desviar os olhos da luz, e por alguns instantes ele aperta o crânio com força. "Vai Passar".

A dor ainda lhe toma alguns minutos, e, ainda sorrindo de forma sombria, acrescenta ao diálogo (ainda com dores):

-Quatro assassinatos. Nós sabemos quantos foram. Resta saber quantos serão. Para tudo há um padrão. - neste momento ele mistura gemidos com uma risada estranha, torcendo-se um pouco, sentado no chão - Uma criancinha de 8 anos sai em plena madrugada. Ela quer brincar. Uma criancinha de 9 anos sai em plena madrugada. Ela quer brincar. E então uma de 10 anos sai para brincar. A lógica é simples, mas a próxima criancinha... ela só tem 8 aninhos. - dizia isto enquanto imitava as crianças com os dedos no chão, fazendo as pernas com os dedos indicadores e anelares. - O que acontece então? O ciclo quebrou? Não. Eu diria que ele recomeçou. - e deu uma risada agúda novamente, das que até mesmo Johan, do lado de fora, pôde ouvir.

-Não dá pra entender um louco, é o que dizem. Mas eu não cometeria um crime se não quisesse chamar a atenção. - e olha friamente em direção à Sarah

-Ele está nos chamando pra brincar também. Vamos? Só precisamos de um ingresso: uma menininha de 9 anos.

E termina de falar com um sorriso sem mostrar os dentes, os olhos obscuros e penetrantes (que nem o batman /o/).

Charllot adentra o alçapão com os demais, Logo, é encontrado folhetins com noticiários datados de 1489...

- Todos os desaparecimentos foram no mesmo ano... do incio a próximo do fim do ano... o que teria acontecido no ano anterior? Reformas na cidadela? Podemos estar se tratando de um psicótico revoltado?

Charllot sorri mas estava se divertindo em ler tudo aquilo, mas com um tanto de pesar ao saber que tanta gente fora prejudicada...

- Sempre as mães ficam com sequelas mentais... Só elas vêem quem foi? Onde estavam os pais nesse momento?

Eram muitas questões a serem respondidas, e pistas, apenas pequenas pistas...

- Acho que o Sr. Eduard tem razão... Teremos de pesquisar meninas de idade entre 8 a 11 anos... acrescentando caso, realmente tenha um ciclo, poderá almentar mais um ano a cada assassinato, ou sumiço... O melhor a procurar além de bibliotecas são escolas...

Charllot tentava ser útil de algum modo, mas algo lhe chama atenção...

- Esses dados... dizem que os moradores de Elkandor ficaram revoltados, e desde quando cheguei aqui, mal vejo alguém andando nessas ruas... Foram calados pelo medo, ou a mando da guarda?

A moça estava inspirada, mas tantas questões apenas deixavam ainda mais complexa a busca, tudo era apenas o inicio de algo maior...

Enquanto os demais estavam lendo ainda os noticiários... Charllot volta-se para perguntar algo ao bibliotecáario...

- O que houve de diferente em 1488?

No primeiro andar, Johan reclina-se confortavelmente à borada da veneziana, de uma das amplas janelas laterais do local. Vigilante, nada mais vê que a poeira se movendo na rua deserta, enquanto a grande maioria da equipe adentra o alçapão, rumo ao porão.

Acima, Johan vez ou outra ouvia algum som vindo do porão, e o mais chamativo foi uma forte risada, que de imediato foi identificada como outro surto repentino de Eduard, que levemente lhe abala a concentração e inunda sua mente de pensamentos confusos a respeito do que estaria ocorrendo lá embaixo.

De volta ao ofício de vigia, como um lapso de quem desperta de um cochilo, a distração se desfaz quando um feixe de luz aguçado adentra o campo de visão de Johan: reflexo solar.

O sol forte das 14h refletia sobre a superfície fria do ferro, na ponta afiada de uma lança encrustrada com o símbolo da guarda.

Solitário, o soldado acabara de virar a esquina próxima, e se dirigia à biblioteca, a julgar por sua direção e sua bagagem: Uma pequena pilha de papiros enrolados em seda e amarrados com palha trançada (como era costume guardar pergaminhos), trazidos um tanto sem cuidados embaixo do braço direito, como quem carrega uma trouxa de roupas ou algo sem importância.

Distante, não se podia ver o rosto, e os uniformes (excluindo outras patentes hierárquicas) eram todos iguais, aproximava-se lentamente, a uma distância aproximada de 40 metros.

O alçapão se move, e Charllot surge pela abertura, inclinando parcialmente seu corpo esguio pelo piso.

Chama pelo nome de Luís, mas no momento nenhum sinal do mesmo se fazia dentro da biblioteca.

Olhou ao redor, mas o bibliotecário simplesmente desapareceu.

Johan corre imediatamente à abertura:

- Tem um guarda vindo! Ele vem com alguns papéis, deve vir para cá! Onde está Luís?! - Questiona. - Ele não pode ter simplesmente desaparecido. O guarda não pode ver um bando de estrangeiros sozinhos na biblioteca sem seu responsável. Alguém vai ter que fingir que Luís deu uma saída e o deixou tomando conta por alguns minutos. Os outros se escondam...

- Já estamos escondidos... acho.

Eduard começa a pegar todos os recortes de jornais e colocá-los nos bolsos (ou se ele tiver sua mochila aqui perto, será nela).

-Para o caso de termos que correr. Mesmo que não seja muito meu estilo.

- Correr também parece uma boa opção... o problema é Luís. Ele sabe que estamos com senhor... qual era o nome dele mesmo? Enfim... Luís pode nos acusar. Seríamos caçados rapidamente.

Charllot quando chamou por M. Luis e este não respondeu, logo todos percebem que o bibliotecário não estava por ali...

E ainda para completar o furo, um guarda estava se aproximando...

- Droga!!!!

Charllot não sabia o que fazer, Eduard guardando papeis em baixo... Johan poderia finjir que estava tomando conta, mas... O guarda cairia nessa?

- Acho que talvez eu tenha melhor sorte com o guarda... Poderei ficar se assim acharem melhor? Tentarei distrai-lo mas... o melhor realmente era sair daqui...

Guarda chegando em meu próximo post.

Decidam-se.

Quero exatamente:

- Quem vai ficar no primeiro andar;
- Onde os outros se esconderão;
- Se alguém fará alguma ação extra ou discordará do plano de Johan.

O tempo voa, são 14h em Elkandor.

Os passos robustos das pesadas botas da guarda chocando-se contra o piso branco das pedras polidas das ruas exemplares podem ser ouvidos à certa distância.

- Certo! Charllot tentará despistar o guarda. Eu ficarei aqui caso aconteça algo ou Luís decidir aparecer. Vou fingir estar procurando algo nas estantes para dar cobertura. Os outros podem se esconder na entrada secreta do Luís. Quando estiver tudo limpo, avisamos e damos o fora daqui. Alguém discorda? - Perguntou olhando para a freira.

-No momento não temos muitas opções, sr. Johan. Vá e faça. Só espero que seu blefe seja mais convincente desta vez.

Voltou-se e viu que estava sob má companhia: Aquela a quem temia e aquele a quem odiava. "Belo time", pensou.

- Ok, tentarei despistar...

Charllot concorda com o plano... Mas muitas coisas deveriam ser levadas em conta ali... E se o guarda esta indo prontamente para pegarmos em flagrante, por denuncia de M.Luis? Era uma das duvidas de Charllot, mas, acatando a importância daquele noticiario pra guarda local, um só guarda averiguar essas coisas seria um tanto inapropriado...

- Bem... mostrarei ser culta... Como se fosse uma bibliotecária também.... - Charllot analisa a organização das sessões...

"Caso o guarda pergunte onde está M.Luis, este teve que se retirar da biblioteca e como sou sua conhecida, pediu para que eu ficasse por algum tempo..."

Era o que Charllot pensava até então...

- uff... Vamos lá...

Se posiciona atrás do balcão...

Apoiou-se sobre os joelhos, e projetou o belo corpo para fora do alçapão. A jovem donzela agora batia as palmas das mãos contra as vestes, a fim de tapar amarrotados eventuais de suas últimas ações.

Olhou finalmente para Johan. Este passou a vasculhar estantes em vão, como parte do plano, e Charllot assumiu sua posição final.

Jamie com perícia tapou a entrada do alçapão furtivamente, evitando que algum som ressoasse, e com os pés Johan empurrou o tapete fino que cobria sua existência.

Agora estavam divididos: ao sótão, o trio "Adams", dos três que causariam mais estranheza a serem vistos. Uma freira com tendências ególatras, uma mercenária sadista e um psiônico perturbado. Acima, uma dupla de vigaristas prontos para qualquer tipo de ladinagem para auto-benefício.

"Francesco Petrarca... Dante... Laura de Noves...", tentou, mas nenhum destes autores pareceu incitar alguma lembrança em Johan. O que passou em sua mente diante de tantos títulos poéticos de províncias longínquas somente ele pode dizer.

Charllot alcançou o primeiro livro entreaberto que estava sobre a mesa para sua interpretação, e deparou-se com palavras em uma língua totalmente estranha à ela.

Ambos os dois estavam totalmente deslocados em seu conhecimento, e neste momento o som das botas largas sobre a superfície de madeira ecoou, despedaçando o silêncio presente e a paz aparente.

Um leve e gélido arrepio escalou as vértebras dos ali presentes (podem jogar um d20 SE QUISEREM, somente para interpretação. Se tirarem de 0 a 4, tremem com medo de serem descobertos. De 5 a 14, o arrepio descrito. De 15 a 20, sentem um frio na barriga apenas, mas nada aparente), enquanto no sótão o trio pode perceber chumaços de terra que caem das frestas, provavelmente das botas do guarda.

Parado agora, frente à porta, mas do lado interno do recinto, o robusto homem descansa sua arma, apoiando-a nos ombros, deixando as duas mãos livres para organizar os papéis. Cabisbaixo, olhava a pilha com dúvida, e disse estas palavras sem encarar Charllot nos olhos ou ver sua face:

-Sr. Luís? Lorde Samathan recomendou que estes papéis sejam depositados sob sua responsabilidade. São ordens diretas, foi-me dito. Tendes alguma objeção? - e continuou a examinar os pergaminhos sem desenrolá-los, mantendo os olhos longe de suas faces. Usava um elmo reluzente e aparentemente polido, que cobria-lhe o rosto da angulação que podiam enxergar.

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Agora inicia-se a operação do blefe. Vocês podem interpretar o diálogo como quiserem, e, ao final (e somente no fim) de seu post, role o d20 para a perícia "Blefar".

O resultado desta perícia será resistido pelo guarda com a perícia "Intuição". Se vocês blefarem mal, ele descobrirá.

SEEEEE quiserem fazer o primeiro teste descrito acima (o que diz respeito ao calafrio), utilizem ele em sua interpretação.

Se tiverem tirado um valor acima de 15, adicione +2 de bônus para "Blefar".

Se tiverem tirado um valor abaixo de 10, adicione -2 de penalidade para "Blefar".

Valores entre 11 e 14 não adicionam bônus ou penalidades.

Bom blefe.

O guarda adentra a biblioteca, Charllot sente um arrepio forte na espinha, pois sabia que estava com grande responsabilidade mãos... Enfim... o guarda se aproxima da bancada e fala...

-Sr. Luís? Lorde Samathan recomendou que estes
papéis sejam depositados sob sua responsabilidade. São ordens diretas,
foi-me dito. Tendes alguma objeção?

Ainda estando de cabeça baixa, o guarda não percebe que quem estava ali não era o M.Luiz e sim Charllot... A garota nem sabe o que dizer... Sabia que se falasse não restaria duvidas de que não era o bibliotecário, e aquela documentação ali poderia ser de grande valia pro grupo...

Tentando engrossar a vóz, apenas diz uma palavra...

- Não

Respondendo a questão...

Charllot D'alembert efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

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