Estação Carlos VII

Teste resistido do guarda.

Intuição do guarda = 2
Sabedoria do guarda = 2

Ou seja, +4 para o teste.

Rolando d20:
Narrador efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

11

O timbre vivaz da voz de Charllot ecoa em um "não" aveludado. De imediato as mãos do guarda ali prostrado interrompem seus movimentos, e ele age com estranheza, como se houvesse percebido algo de errado.

Parou por alguns segundos, aumentando a tensão e os batimentos cardíacos da jovem. Johan também olha por cima dos ombros, ainda de costas para o guarda, de frente para a prateleira de livros, fingindo tentar alcançar alguma obra na fração mais alta da estante.

o silêncio tomou conta do recinto, e, no porão, até mesmo os três furtivos tentavam enxergar (ou não, depende da interpretação) através das frestas na madeira.

Finalmente o guarda levanta o rosto, e seus olhos cinzentos cruzam o olhar com Charllot. Seu rosto era austero e possuía sobrancelhas largas e bem definidas, quase grisalhas. Seu olhar era marcante e penetrante, em um tom que refletia a atmosfera à volta com esplendor e brilho intenso.

Possuía traços fortes, queixo largo perfurado e nariz rígido e elegante. Por baixo do elmo parecia esconder-se um belo homem na flor dos 45 anos, com uma barba rala grisalha e uma pequena cicatriz ao longo da sobrancelha esquerda.

Charllot pôde contemplar de perto a figura daquele ali presente, e até que seus olhos o reconhecessem era tarde:

-Tu? De todas as pessoas que poderia encontrar sentadas nesta mesma cadeira, nenhuma possuiria teu rosto. - Neste momento o guarda move-se um passo para trás, estando a 6 metros de Johan e 1,5 metros de Charllot. Segura firmemente sua lança - É bom que possas me ceder uma explicação coerente. Onde está Luís, e o que fazes aqui. E tu, na estante, também pode se apresentar. Apresse-se, senhorita.

Os olhos de Charllot finalmente reconhecem aquele que já lhe carregou nos braços: Rozafüer, o guarda que adentrou o vagão na estação para a recepção de todos. Somente agora ela pôde notar seu rosto, uma vez que anteriormente mal esperou para jogar-se em desmaios e vômitos pelo chão.

Ele firma a traseira de sua lança contra as frestas da madeira (concede bônus de dano e defesa contra investidas), apontando na direção dos presentes, em diagonal, e aguarda respostas.

Charllot tenta esponder sem ser notada, mas não teve grande êxito... o senhor olhou para a garota... A deixando ainda mais assombrada, quando percebe que era o senhor do vagão, aquele soldado rigido porém justo que a deixou ser levada para fora com todos os outros ali...

- M.Rozafüer, como vai??? - Charllot tentava não mostrar tanto apavoro...

- Eu e Johan pedimos para vir estudar um pouco, não gosto de ficar sem fazer nada... Viemos com o M. Parvott e este logo virá nos buscar... Quanto ao M. Luis, chamaram ele a pouco, não vi quem foi, só que ele pediu pra eu cuidar daqui que em pouco tempo ele voltaria... Precisa de algo?

Charllot se mantém sorridente... e aguarda alguma resposta que a deixasse despreocupada...

Charllot D'alembert efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

3

Spoiler:

Aquilo era pior do que o imaginado. Johan não reconhecera o guarda que se aproximava, e era justamente o homem que os havia prendido. Não tinha muito tempo para pensar. A bela garota tentava inventar algo, mas até Johan notava que estava nervosa. Precisava fazer algo, ou todos ali seriam novamente levados para a guarda.

- Exatamente. Senhor 'Pavarotti' nos deixou aqui. Pedimos ajuda ao Senhor Luís, já que precisamos apresentar documentos na guarda em breve, mas este teve que sair. Disse que nos ajudaria se tudo estivesse em ordem quando voltasse.

Johan van Münster efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

15

Teste resistido:

+4

Narrador efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

18

As palavras trêmulas de Charllot transbordavam insegurança e medo. Johan, astuto, interferiu, rasgando o diálogo em seu ataque verbal. Indiferente.

O guarda não moveu nem um milímetro sua lâmina, que, pendente, continuava a apontar os dois fora-da-lei. Seu olhar fixo apenas deixou vazar uma fração de expressão, e esta seria o descaso com as palavras de Johan.

Agora na mente de Charllot ecoavam as palavras daquele homem ali presente, e como ele fez de tudo para que eles fossem detidos, quase lhe custando sua posição na guarda, e sendo levemente humilhado perante os presentes, frente a Sede.

Deixou cair os pergaminhos e levou a mão às costas (Nenhum teste de agilidade ou iniciativa lhe faria pegar seu arco antes, Johan). Trouxe à frente um objeto curvilíneo, em formato de chifre. Era de um branco opaco e possuía adornos em fitas vermelhas. Produziu um som alto e desforme, um lamentar melodioso de algum ser mesquinho, assim que o homem soprou sua extremidade menor.

-Bem, terão muito tempo para se explicar para onde vão. Agora mantenham-se em seus lugares e sem movimentos bruscos.

Ação preparada: O inimigo tem conhecimento de vocês dois e mantém uma ação preparada para cada um -

Johan está a 3 metros da janela mais próxima, Charllot necessita sair da cadeira antes de qualquer coisa.

Podem me perguntar por PM ou msn sobre suas ações.

Os três de baixo já perceberam o movimento e podem voltar a postar.

Aquilo estava começando a ficar complicado. Charllot não conseguira enganar o guarda, que se mostrou aquele homem que havia prendido o grupo logo que desembarcaram. Tinham que fazer alguma coisa. Reforço fora chamado e levaria pouco tempo para encontrar a origem do aviso.

- Desculpe, mas não acho que seremos nós que teremos que explicar algo. - Johan tentava virar o jogo contra o guarda. - Já tentou nos prender uma vez, e seu chefe nos liberou. Agora está aqui novamente, tentando nos prender sem prova alguma. O que seu chefe pensará? Que está nos perseguindo. Acha que isso será bom para a sua reputação? Nos pegou em algum flagrante? Roubamos algum livro? Tem alguma prova? Desculpe, mas o senhor não tem nada. E quando o bibliotecário chegar, vai ficar pior ainda sua imagem, que transformou um mal entendido num caso de emergência para a guarda. Sei que o senhor não gostaria de passar por aquela situação novamente. Ainda tem tempo de desfazer o mal entendido...

Era arriscar ou ser preso. Tinha que arriscar. Mas sabia que, se seu pescoço corresse risco com aquilo, a melhor opção era sempre fugir. Sabia que Charllot conseguiria tempo para sair. Se bobeasse, ainda levaria os pergaminhos. Johan estava cada vez mais interessado nos 'atributos' da jovem.

Charllot estava sentada, abaixo tinha a entrada para o talalçapão, onde aquele guarda não poderia nem ao menos desconfiar que tivesse algo ali... E aquela entrada ainda seria, a única saída para os que estavam
embaixo, e tudo escutavam.... No que daria isso tudo? Era o que Charllot mais temia...

- M.Rozafüer... O que tem contra visitantes nessa cidade? – Tentava ainda parecer calma... e aproveitava a fala do colega...

Calmamente Charllot vai ao menos se flexionando sobre a mesa para tentar levantar sem ser bruscamente...

- Seria contra lei ler livros em Elkandor???? – Dizia um tanto séria... Apoiando os braços no balcão... destacando seu busto chamativo... ^^

Estou aqui. Mas não tenho ação ou fala alguma xD

Só pra deixar presença xD

Infelizmente, após uma falha nos dados, a dificuldade em persuasão aumenta muito.

Houveram então 3 falhas: 2 de Charllot e 1 de Johan.

Contando -2 de penalidade para cada temos -6. Somando o bônus +4 do guarda, temos -10 de penalidade para que vocês mintam. Um ato muuuuuuito difícil de ser executado, ainda que ele tem o valor do dado ainda para somar a este 10, podendo chegar a +30 de intuição contra seu blefe.

Neste momento, sua mente e vontade estão quase intocáveis.

Mas vocês ainda cumpriram com as ordens dele, e não se moveram. Os movimentos de Charllot não parecem impressioná-lo. Talvez ajudariam contra Gregory.

Um som semelhante à primeira corneta ecoa pelas esquinas: uma resposta.

A guarda estaria chegando muito em breve.

=======

Ações:

- Vocês podem rolar um d20 e somar sua "Intuição" para deduzir em quanto tempo o reforço chegará;
- Charllot, quando for fazer um movimento cuidadoso, silencioso ou qualquer movimento vagaroso que tem como objetivo não chamar atenção do inimigo, faça um teste da perícia "Furtividade" (e não estou dizendo que o que você fez está errado, é só uma dica);
- Para alguém sacar sua arma é uma ação mínima. Para sacar uma arma e munição, uma ação padrão. Isto quer dizer que Charllot pode retirar uma arma neste turno e ainda atacar no mesmo turno. Mas Johan teria que pegar tanto arco quanto flechas. Isto está descrito no livro de regras da edição 3.5 do sistema d20;
- Qualquer teste de perícia que queiram fazer e estiverem com dúvidas, podem me contactar. O mestre está aqui para ajudá-los a se divertir.

Boa sorte!

Spoiler:

O guarda nem se importara pela acusação. Parecia realmente que levaria os dois presos, custasse o preço que fora.

Mas Johan tinha outros planos. Não fora pêgo por uma frota naval inteira. Não seria um mero guarda que conseguiria.

A janela estava relativamente perto. Ainda mais com o guarda de frente para Charllot, escapar seria fácil. Mas algo o incomodava. Não poderia simplesmente pular pra fora e sumir, deixando Charllot naquela difícil posição, mas não podia decidir por ela. Além do mais, existiam aqueles pergaminhos que o guarda trouxera. Ela decidiria se tentaria fugir junto ou se esconderia os papéis, para que os outros companheiros o pegassem.

Neste momento se penalizou um pouco por não ter deixado Edmond no andar de cima. Ele poderia dar um jeito naquele guarda, como fizera com o bibliotecário. Agora era tarde. Sua escolha: fugir dali.

Ouviu um chamado de resposta. O reforço estava chegando. Ainda teria uma chance se s aísse logo dali. Tentou notar a distância, só por segurança. (SAB+3; PERC +3; INTUI+0)

Johan van Münster efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

8

Olhou para Charllot e deu um sorriso sincero.
- Adieu, mon cheri..

Na saída, chutou um pequeno banco de leitura na direçã odo guarda. Não pretendia realmente causar algum dano, mas distrai-lo e atrasá-lo, dando chance para Charllot.

Johan van Münster efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

2

Spoiler:

Teste resistido à primeira jogada de dados de Johan em "Blefar".

+10 de bônus.

Narrador efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

13

Charllot estava numa situação difícil, sendo mirada pela lança do guarda em sua frente... Estava pensando no que dizer ou fazer.. Mas ao ver que a situação tava literalmente feia, Johan ousa tentar fujir e sim... Não deu certo por falta de sorte...

“Droga!!!” – Charllot realmente se preocupou, deixar um amigo se ferir logo ali, a sua frente, não era bem de seu feitio...

Johan até tentou chamar a atenção do guarda, era hora de fazer algo, ou caso contrário, todos estariam em perigo ali... Mais do que já estão até então...

Cautelosamente, Charllot começa a abrir a entrada do alçapão, utilizando o pé, para não dar na vista, e logo ao conseguir abrir com muito cuidado, começa a falar, esperando que ao menos Sarah ou Eduard e Jamie, quem estivesse mais próximo escutasse... Mantendo ainda o pé apoiado, dando entrada para que escutassem melhor possível...

- Perigo... Tudo deu errado! Reforços logo chegarão aqui... – Repetindo mais uma vez para fácil atendimento de quem estivesse ali...

Dizendo em voz alta, rapidamente vira a mesa, para que esta a desse uma proteção....

Ao ver Johan do outro lado, esta tentaria fazer algo para ao menos, ajuda-lo enquanto os demais não fizessem algo para tentar ajudar...

Habilmente, Charllot salta por cima da mesa, e se aproxima de Johan... Sacando sua adaga de prata, colocando-a a frente como se estivesse prontamente a atacar...


____________________________

Lembrando que todas as ações foram revisadas e autorizadas pelo narrador...

Cena:

Johan alerta-se para o barulho da guarda, mas infelizmente a gravidade da situação na qual se encontra o impede de raciocinar a respeito de prazos. Quanto tempo a guarda estaria ali ele não sabia dizer, mas sabia exatamente como agir em momentos de crise:

Afastou os pés e o passou por baixo do banco, para lançá-lo contra o guarda, e lançou-se na direção da janela.

Porém, em um lance de azar, os pés do banco não se moveram suficientemente, e ele acaba por tropeçar em seu próprio golpe, saltando confiantemente contra a janela, mas sendo interrompido pela queda.

Sonoramente, seu queixo esbarra contra o parapeito da janela, derrubando uma fileira de livros que cuidadosamente eram mantidos abaixo da veneziana.

Johan agora está caido, e tomará um turno para se levantar. Caído, não é capaz de desviar eficientemente de golpes, tendo -5 de penalidade.

===

Charllot vira a mesa, abre o alçapão e salta frente a Johan, defendendo-o do inimigo.

A estratégia de Charllot é eficiente: o guarda possuia um ataque preparado para qualquer movimento brusco, mas como ela virou a mesa, ele vigorosamente golpeia a madeira nobre entalhada da mesa, em um baque sonoro e seco, fincando a ponta da lança no centro exato do objeto (mas não o prendendo, ele não perde a arma nem sofre penalidades).

O caminho do alçapão está livre.

Nenhum sinal de Luis ainda, e os passos do reforço da guarda estão ficando insistentemente mais altos.

Ações:

Os três do porão podem agir antes dos três acima, pois ainda não tiveram ações.

Boa sorte.

Um guarda estava vindo, Johan avisara aos companheiros. Charlott tomou a frente e juntou-se ao rapaz para tentar despistar o oficial.
Jamie puxou o alçapão e se pôs em silencio, os outros dois pareciam entender o grau da situação, pois não fizeram nenhum barulho.
Pela fresta do assoalho, era visível mesmo que de uma maneira deturpada tudo que acontecia ali em cima, perceberam o guarda chegando, trazia nos braços muitos outros pergaminhos, que atiçaram a curiosidade de Jamie.
Ela gostaria de acreditar que o engodo pudesse dar certo, pois assim teriam chance de por as mãos naqueles papéis, mas há muitos anos ela tinha aprendido que milagres não existiam.
A jovem ladina tentou usar de seus dotes e charme, mas estava insegura, pela primeira vez desde que estavam juntas, Jamie pode sentir sua voz oscilar. Isso não era nada bom, e quando os três escondidos ouviram o nome e referencia ao guarda, juntaram o nome a pessoa que os conduzira para a sede da guarda mais cedo.
O tal guarda pareceu farejar armação e tão rápido quanto pensou, deu voz de prisão e chamou reforços. O que parece ter dado a Johan a deixa para agir como um molóide, usando palavras ‘bonitas’, complicando mais ainda a situação com sua tentativa de fuga frustrada e caindo de queixo no parapeito da janela.
Naquele momento, Jamie descobriu o que era vergonha alheia. Os outros dois olhavam pelas frestas, estupefados . – Ótimo. Paspalho, espero que tenha mordido a língua, assim pelo menos ficaremos livres de suas palavras infames por um tempo. – Estava ficando inquieta, não tinha como saírem desse porão sem ser por onde estava o oficial e em breve sua tropa.
Um movimento no piso e logo o porta do alçapão foi cuidadosamente aberta por Charlott, e em seguida quase como sussurro: - Perigo... Tudo deu errado! Reforços logo chegarão aqui...
Bem, isso Jamie já tinha ouvido quando o guarda tinha soado sua trompa e declarado com certo jubilo que teriam companhia, mas esse aviso de Charlott mais significava que em breve teriam ação. Sem tardar, Jamie soltou seu machado do cinto, puxou a barra do longo vestido e amarrou em um nó forte entre as pernas, dando-lhe liberdade de movimentos, com alguma sorte isso evitaria atrasos e olhou para os companheiros.
- Bem, acho que já entenderam o que vai acontecer em seguida, não, corações? – A garota olhou os documentos e não pensou duas vezes decidiu que era melhor levarem aquilo e com cobiça pensou nos outros acima, mas isso era outra história que ainda seria escrita. – Peguem esses papeis, podemos ter deixado passar algo.... Por favor? – Acrescentou essas ultimas palavras em lembrança a uma promessa que tinha feito recentemente, de não ser tão mandona.
Segurando com força o cabo de seu machado, tornando uma extensão de seu próprio braço, sentir o baque da mesa sendo derrubada e em seguida escancara a portinhola do alçapão, não via nada além de seu alvo, o guarda e a idéia de conseguirem escapar dali.
Nesse momento o sangue irlandês fala alto em suas veias e subiu correndo os degraus, ela grita e chama atenção do guarda para ela, então, num salto por sobre a mesa [O.O] ela gira o machado no ar e abaixa-o com velocidade em direção ao homem que parecia bestificado pela cena que a garota maluca e sádica fazia.
******
(off: Sério, eu devia ter vestido ela como homem u.u, vestidos atrasam muito.)

Golpe do machado:(+4 de acerto)
Jamie Nixon efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

15

Se o golpe acertar, dano (+3 de força)
Jamie Nixon efetuou 1 lançamento(s) de dados d10 :

10

Austero, o homem finca sua lâmina na mesa, e olha friamente para Charllot, que buscava sua arma em suas vestes. Mas antes que este pudesse antecipar seu movimento, um urro bárbaro consumido em ódio atravessa o orifício no chão e finca o coração do homem de armas.

Aturdido, volta seus olhos em direção ao porão e visualisa o vulto feroz de Jamie saltar por trás da mesa, e tamanho era o fogo em seus olhos que o homem se atrapalhou em tentar remover sua lança.

Puxou-a pelo cabo e levou-a sobre a cabeça como quem tenta defender-se da foice da morte. Em vão.

A lâmina larga do machado de Jamie atinge a superfície de madeira da lança de Rozafüer, partindo-a em inúteis lascas de madeira, quebrando totalmente a defesa do homenzarrão, mas não diminuindo a potência do golpe, que encontra morada na clavícula direita do guarda, esmagando os ossos e dilacerando sua carne em um corte tão profundo que fez sumir 27 centímetros da lâmina do machado, parando no osso externo, união das costelas no tórax.

O sangue jorrou como a correnteza de um forte rio contra as pedras, e espalhou-se de imediato pelo chão e nas vestes de Jamie, que ainda aterrissara no chão.

A sonora remoção da lâmina da carne humana só não foi mais alta que o gemido enxarcado de alguém que tenta gritar com a traquéia inundada em sangue. Os olhos de Rozafüer, já sem brilho, procuraram os de Jamie, e ela então pôde ver maresia e misericórdia no homem da lei.

Por um último instante ele tentou dizer algo, mas pareceu em vão. Caido, jazia Rozafüer, em uma ferida única e fatal. Seu sangue empoçou o piso, e, no porão, Eduard e Sarah puderam ver as goteiras e filetes do líquido fervente rubro que provinha das frestas do piso superior.

Jamie levanta-se e, se olhasse para Johan ou Charllot, estes poderiam contemplar uma beleza selvagem inerte no fogo da batalha, e os olhos de um lince manchados com sangue que lhe cobria parte do rosto e vestes. Uma cena animalesca. O tempo ali pareceu durar mais que alguns segundos, talvez o silêncio sentido não tivera sido real, e foi cortado apenas por um zunido agúdo e um som oco ao fim: Um virote* acabara de passar rente ao corpo de Jamie e fincado na mesa, que ainda permanecia virada ao fundo.

*Virote: Munição. São semelhantes a flechas curtas com peso específico para serem disparadas em bestas.

O som retorna ao mundo, e as atenções voltam-se para fora, onde podem perceber alguns homens da guarda em carga em sua direção, armados com lanças e bestas leves, além de lâminas menores presas à cintura. Estão gritando ordens de redenção e não parecem amistosos.

Se até o presente os personagens eram isentos dos crimes, agora são culpados por assassinato.

Ações.

Os guardas chegarão no próximo turno.

=========



Jamie
Johan
Charllot
Guarda (entenda esta cor como cinza xD)

Aquilo realmente não fora calculado. O banco que tentou chutar no guarda não saíra de seu pé. Johan caiu desastrosamente e nem chegou perto de sair daquela sala. A bela francesa, surpreendendo Johan e o guarda, virou a mesa e foi cobrir o companheiro que tentou fugir.

(OFF: Fala só interpretativa, sem necessidade do dado para blefar)
- Eu banco o palhaço pra chamar a atenção do guarda pra você ter chance de fugir e você vem me cobrir? Quase quebrei meu queixo a toa! - E terminou rindo um pouco.

A situação era crítica. Teria que se levantar e se armar com sua adaga também. Eram os dois contra aquele guarda. Novamente fora surpreendido. A insana do machado simplesmente brotou pela abertura no solo, não dando chance alguma para o guarda, e praticamente o partiu ao meio.

Aquele instante pareceu durar mais do que segundos. Parecia uma cena de batalha campal no chão da biblioteca. Seria interessante ter uma guerreira daquela num navio...

O tempo voltou ao seu curso normal quando um virote rasgou o ar e quase atingiu a dona do machado. Era um tiro de alerta. A guarda estava na rua e havia presenciado a morte do companheiro. Estavam dando ordens de prisão. Se antes estavam limpos naquela cidade, agora realmente eram criminosos. Ou pelo menos Jamie era. Poderia se esconder, e ela seria levada dali. Mas ela havia saído de seu esconderijo para salvar a pele de Johan. Maldito companheirismo...

Johan puxou Charllot que estava a sua frente, segurou em algo realmente macio, mas nem se importou. Estava tirando a garota da linha de tiro. Sabia que as coisas ficariam mais feias a partir daquele momento. A uarda toda estava de olho em Jamie, então seria um ataque surpresa. Pegou o arco e deixou as flechas ao lado, pois precisaria de mais do que uma delas. Se preparou e decidiu pelo ataque.

Rapidamente, colocou parte do seu corpo para fora, somente o tronco para permitir o tiro e que visse o alvo. Como um caçador, procurou rapidamente pelo homem identificado pelo uniforme como o superior do grupo. Os soldados ficariam desnorteados caso o comandante estivesse fora. Mirou e atirou sem hesitar.

Johan van Münster efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

20

Johan van Münster efetuou 1 lançamento(s) de dados d8 :

6

Dano crítico na flechada de Johan.

Dano crítico para armas do tipo "perfurante" (flechas) são multiplicados por 3.

3x6 = 18.

===========

A flecha que Johan desferira chega ao encontro da retina do olho direito de um robusto homem, que, aos berros, tentava criar uma formação defensiva ao grupo. Suas vestes não eram diferentes, mas estava clara sua autoridade.

Antes que alguém pudesse acompanhar a trajetória do disparo, apenas percebem o cessar nas ordens, e ao virar-se, a silhueta de um homem com as costar arqueadas pela violência do ataque, largando a lança, girando o corpo em direção ao solo.

Com a surpresa do ataque, seu corpo acaba por cair de bruços, deitando seu corpo todo no chão, mas sua cabeça acaba por ficar erguida pela flecha, que prendeu-se ao osso da fronte, ao fundo da cavidade ocular, envergando-se no impacto.

Aturdidos, os guardas fitam a cena com horror em suas feições.

Sarah deixa os jornais de lado e parte para o primeiro andar.

Infelizmente ela acaba perdendo o tombo de Johan, e chega a tempo apenas de vê-lo em ação fatal.

-Agora estamos matando inocentes? - Disse ao surgir por trás da mesa virada e vendo a primeira cena: dois guardas mortos violentamente -Já vi que estou em meio à bárbaros! Piratas, bandidos, o que for. Tsc...

Ela começa a sair da escada vagarosamente (tudo bem que perca o turno, ela deseja demonstrar ausência de medo ou de estar impressionada).

-Que seja. Neste momento há coisas mais importantes. Façam como quiserem, mas logo a guarda toda estará aqui. Não vou matar inocentes, a menos que não haja alternativa para mim. Mas também não vou impedir. Vidas humanas são vidas humanas, e qualquer um que porte uma arma é pecador. Não me excluo disto. Vou bloquear as janelas, não queremos intrusos adentrando de forma descontrolada.

E começou a ir em direção as janelas, devagar.

Eduard começa a subir com os bolsos recheados de papéis.

Escuta o discurso da freira, mas ela está se movimentando lento demais, ele tem pressa para a batalha.

Eduard, nas escadas, mas logo abaixo da freira, impaciente, nem espera ela terminar de falar. Não pensou duas vezes, encheu as palmas de suas mãos com as nádegas da freira e a empurrou bruscamente para o lado, tentando derrubá-la.

-Tá, tá! Se não vai ajudar, apenas saia da frente! - riu.

E com um sorriso sádico, disparou sua besta no guarda mais próximo da porta.

Eduard Edmond efetuou 1 lançamento(s) de dados d20 :

19

Eduard, necessito do dano.

Desculpe.;D

Eduard Edmond efetuou 1 lançamento(s) de dados d8 :

5

Sangue sempre atrai mais sangue e aquele momento em que o machado rasgava a carne esmigalhava os ossos do oficial foi quase surreal, principalmente para ele. O olhar assustado, perdido num misto de emoções que não ficaram claras, estampado na face já lívida que anunciava a morte do homem, em nada penalizou Jamie.
Ele tentou falar, mas já não podia. Jamie encarou os companheiros que estavam noutro lado da salta, olhavam-na como se fosse uma aberração. Na verdade, talvez fosse.
Puxou seu machado, foi preciso um pouco de força, pois o golpe tinha sido mesmo fundo. Um “zum” e um deslocamento de ar ao seu lado mostraram que por pouco não tinha sido ela furada por um virote, porém esse pouco foi o suficiente para alertar a irlandesa.
Abaixou-se rapidamente, procurando se esconder da linha de tiro. Tudo aconteceu num instante, ações e borrões passavam pela frente de seus olhos. Johan havia levantado e para desgosto de Jamie não tinha mordido a língua.
- Eu banco o palhaço pra chamar a atenção do guarda pra você ter chance de fugir e você vem me cobrir? Quase quebrei meu queixo à toa! – Ele olhou para Jamie, sorriu zombeteiro e alcançou uma flecha em sua aljava e para incredibilidade da garota, acertou o alvo, naquele momento de tensão e ele ainda tentava se exibir. - O mesmo resultado e continuo limpo.

– Paspalho, se tivesse acertado na primeira, eu não precisaria sujar meu machado. – Ele era mesmo muito irritante.
Houve um momento de silêncio, mas não um silêncio que prenuncia paz e sim, aquele que prenuncia o desastre. A irlandesa limpou o sangue do rosto e das mãos como pode e usando uma parte da casaca do guarda morto, tirou os pedaços de pele e carne que estavam grudados na lamina do machado, só então avistou os tão cobiçados pergaminhos caídos no chão, e não pensou duas vezes se eram ou não importantes, pegou-os e enfiou-os em sua bolsa que trazia amarrada na cintura. Se saíssem vivos dali, poderia descobrir a importância disso depois.
... – e você não sabe aproveitar um espetáculo... – Johan disse enquanto se protegia, os guardas perderam seu comando, mas não demorariam muito para recuperarem sua linha de ataque.
– E você não sabe fechar essa boca para manter essa língua anormalmente grande dentro dela, e estou muito tentada a te ajudar resolver isso. – Ao fim da frase, alisou a lamina ainda rosada do sangue do oficial.
– Então, corações, qual o plano? – Jamie encarava Charlott e Johan. – Acabou o esconde-esconde, acho que precisamos de ajuda aqui...

(post interpretativo)

- Você não falaria tão mal de minha língua grande quando ela estiver dentro de outro lugar... - Disse Johan, claramente se referindo a outra coisa, ignorando a limpeza do machado.

- O plano é que não temos planos. Vamos nos livrar dos guardas e cair fora... - Foi então que ouviu a freira dando sermão enquanto subia. Eduard, bem mais ágil, derrubou outro guarda.

- Ai ai... o que mais tem em baixo daquele manto da igreja além de falsidade e seios grandes? - Disse em tom mais baixo, permitindo só que Charllot e Jamie ouvissem.

(Off: Johan pegando nos peitos da Charllot e Ed enchendo as mãos na bunda da freira... estamos bem. x'DDD)